terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O estranho com quem me casei - Quem é ele?

Só conhecemos as pessoas quando elas saem de nossas vidas!


É engraçado dizer isso ... mas só enxergamos isso quando a relação termina.

De repente, todas as qualidades desaparecem como se nunca existissem existido, e a pessoa que achávamos ter amado com todo o nosso coração de repente se torna uma estranha.

A realidade é que ninguém muda no minuto que um relacionamento acaba - mas como pode ser isso?

A maioria dos relacionamentos não dura, há um claro começo, meio e fim. Primeiramente, passamos um tempo juntos se conhecendo, então passamos para um relacionamento divertido (ou nem tanto) e, por fim, as coisas começam a desmoronar... até que cada um segue seu caminho...

Porém, o problema não reside na forma como encerramos nossos relacionamentos - mas sim como começamos, pois determina quão bem conhecemos nosso parceiro.

Na vida, somos condicionados a mostrar apenas a nossa parte boa.  Então mostramos só nossos aspectos brilhantes e bonitos aquelas partes dos nossos corações das quais sentimos orgulho, por que?  Simples alguém em algum lugar nos disse que se mostramos nossas sombras seríamos rejeitados.

Por isso, ao iniciar um relacionamento, mostramos apenas nosso lado bom, esperando que talvez isso seja suficiente para alguém especial nos aceitar. Porém isso, não é quem de fato somos!

Debaixo dessas partes brilhantes, ficam nossas sombras, nosso eu verdadeiro – nosso eu completo- nossos medos, nossos erros, nossas complicações e nossas crenças que são os aspectos que não apenas definem quem somos, mas também se alguém significou algo para nós (ou não).

Somos criaturas terrenas; somos humanos. Não somos perfeitos, impecáveis, apesar da hashtag no Facebock ou Instagram.

Na sombra estamos nus, bonitos e talvez um pouco confusos.

Quando terminamos um relacionamento, nosso eu verdadeiro se manifesta, porque não precisamos mais deixar nossas sobras trancadas no porão, não há mais preocupação com o fato de que nossos segredos sujos possam sair nem com o que os outros diriam ao mundo sobre quem realmente somos.

Nem todas as relações são destinadas a serem eternas. Algumas vezes, quando uma relação acaba descobrimos um novo nível de intimidade uma nova vulnerabilidade que talvez não tivéssemos descobertos se não olhássemos para as nossas sobras e se os muros não caíssem.

Há diferença em terminar um relacionamento com um drama amargo ou no amor e amizade. De fato a forma como o relacionamento termina demonstra como ambos envolvidos se sentem em relação a um e o outro. 

Quando um relacionamento termina com uma amizade, o que seria o ideal, poderia ter havido sim amor entre ambos, porém por diversas questões, essa relação deveria ter sido apenas a de melhores amigos.

Já quando um relacionamento termina com luta, gritos, manipulação ou coerção, devemos entender que esses comportamentos estavam todos presentes durante todo o período que ficaram juntos, porém poderíamos estar nos negando a olhar para esses aspectos que estavam sendo omitidos.

Chega um momento, no qual respiramos fundo e sacudimos nossas cabeças, querendo saber como  ficamos com alguém assim. Como não percebermos com que estávamos lidando? Quando nos damos conta do eu verdadeiro do outro ficamos perplexos! São nesses momentos que percebemos que talvez nosso relacionamento fosse mais uma projeção do que uma realidade. Era apenas algo imaginário, algo criado ou sonhado!

Era mais sobre querer alguém para ser a pessoa certa do que realmente conhecer e analisar detalhadamente se de fato era, escolhemos aquela pessoa por diversos motivos menos pelo que de fato deveria ser...

A dor de ter que reconhecer isso é inegável, mas é fundamental olharmos para nossas escolhas, para que as próximas sejam mais acertadas. Hoje, percebemos os sinais daqueles que estão escondendo algo, nossa intuição é mais forte quando há algo diferente na nossa frente. Hoje não temos mais tanto medo de não mostrar nosso eu verdadeiro a um novo parceiro.

Hoje ao olhar para meu passado posse dizer que nós só podemos nos dar conta de algumas coisas quando fazemos uma retrospectiva.  Há momentos nos quais não podemos ver onde erramos, até que estejamos fora da situação.

Serão os raros relacionamentos nos quais vamos passar pela situação na qual terminamos um relação e então nos damos conta do quão incrível era aquela pessoa que estava ao nosso lado. 

Nesse caso, pode ser que por alguma razão, tivemos que ficar escondidos atrás de muros de proteção assustados para não deixar ninguém entrar e nos conhecer de verdade. É nesse momento que percebemos exatamente o que tínhamos – não porque perdemos, mas porque percebemos que nunca poderíamos ter nos entregado como poderíamos.

Não basta olharmos apenas para o aspecto do porque um relacionamento acaba. Devemos olhar também para quem nos tornamos por causa disso. Não é só olhar para o nosso parceiro sob a nova luz, é olhar  também para nós mesmos e para aqueles aspectos da alma que desejamos que não existissem.

Quando um relacionamento acaba nosso aprendizado não é sobre o nosso ex parceiro, mas muito mais sobre nós mesmos. Podemos ver como lidamos com conflitos e decepções, podemos ver se de fato houve algo verdadeiro por baixo de tudo.  Relacionamentos sem base sólida terminam invariavelmente quando os aspectos românticos acabam, porém quando construímos algo sobre uma amizade verdadeira mesmo com uma ruptura a relação não termina apenas se transforma.

Estamos maduros para um relacionamento quando não mudamos a forma de interagir com a pessoa com a qual queremos construir uma ligação romântica, e se de fato houve amor naquela relação, mesmo que por alguma razão haja uma ruptura, vamos continuar respeitando aquela pessoa, inclusive quando houver necessidade oferecendo ajuda.  Talvez seja assim que vamos descobrir quem de fato são nossos parceiros verdadeiros, e quem sabe o que é  o amor.

"Diga-me quem você ama, e eu vou te dizer quem você é."


Texto de Kate Rose adaptado por
Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
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sábado, 14 de janeiro de 2017

Como perdoar o agressor narcisista? Narcisismo X Perdâo

Preciso perdoar o Narcisista para seguir em frente?

Sobre o Abuso emocional e a necessidade do perdão!

Sei que uma das premissas para toda a separação é trabalhar o perdão! Mas mais uma vez, trago uma perspectiva um pouco excêntrica sobre a recuperação em caso de abuso emocional realizado por um narcisista, dessa vez sobre o processo do perdão!
Como muitas das minhas perspectivas, esta difere bastante da norma, na medida em que não está apoiada na filosofia de “culpa da vítima”, pelo contrário , ao meu ver ela torna o processo de recuperação mais fácil, sugerindo que as vítimas podem ignorar o passo mais espiritualmente nefasto!
Então lá vai!

Várias pessoas que eu aconselho regularmente me perguntam sobre essa perspectiva popular dos círculos de auto-ajuda que é para cicatrizar completamente e se recuperar de uma ruptura com um narcisista vamos primeiro ter que realmente perdoá-lo.

Então devemos realmente perdoá-lo, afinal o narcisista também está sofrendo....ele não sabe os reflexos de sua ação! O que se espera de uma pessoa destas?

Aquele que precisa perdoar e que sofre as agressões rapidamente irá questionar isso, pois não enxerga dessa forma, alis como admitir que uma pessoa faça agressões de forma reiterada sem saber ou sem ter noção das conseqüências..?.

Então vamos refletir sobre essa questão nesse texto!

Em poucas palavras, o cerne da minha teoria sobre o perdão é esta: você não precisa perdoar um narcisista por toda a dor que ele causou. Não é preciso sentir compaixão sobre o fato de que ele nunca pode realmente sentir o amor. Você não tem que ser mais compreensivo sobre sua infância ruim e porque não a consegue superar. Você não precisa fazer nada disso. Bem, o que acontece com o "velho" perdoar, mas não esquecer " as coisa? Posso fazer isso? Então a minha pergunta é a seguinte qual o sentido do perdão se não vou esquecer? A estratégia "perdoar, mas não esquecer" é o que usamos em todo o relacionamento. A questão é que muitos perdoam o narcisista e acabam o aceitando de volta, afinal devemos esquecer o que ele fez e depois se tornam mais doentes ainda! Então ... isso tudo não funcionou para mim. E para você funcionou?
Então vou tornar mais fácil para você que foi vítima de um narcisista
Então para tornar as coisas mais fáceis, sugiro que, quando se trata de abusos cometidos por um narcisista, abusos esse que muitos não conseguiriam perdoar podemos amenizar a questão do perdão!
Estes dias ouvi um depoimento de um pai que estava sob o impacto de um tribunal do júri, pouco antes do juiz proferir a sentença de assassinato de sua filha! O psicopata havia matado 4 meninas de maneira brutal e fora considerado culpado já há uns 4 meses. Então quando o pai estava em frente ao assassino de sua filha escutando os fatos da acusação o pai se vira para o assassino de sua filha e o filho da puta sorri para ele. Parece que seus pensamentos diziam “Eu vivo para ver você sofrer”. Então o pai se descontrola e avança sobre o assassino o que gera um tumulto e tanto no tribunal. Quando os policias afastam ambos o assassino está sorrindo e o pai fica com aquele olhar horrivelmente perturbado, pois viu aquele sorriso e quis destruí-lo. Então o pai é convidado a se retirar do Tribunal e segue seu caminho sem nunca conseguir ter paz de espírito. ENTÃO QUESTIONO: ESTE ASSASSINO DEVE SER PERDOADO? Ele é obviamente um narcisista, um sociopata e um psicopata, todos juntos, e eu aposto que há mesmo uma infância ruim por trás disso. ISSO IMPORTA?

Então, agora troque o psicopata com seu narcisista. Claro, que o seu não matou ninguém, mas você pode apostar que ele ama ver você sofrer. Com alegria, ele destruiu sua sanidade e esmagou sua auto-estima. Fez você duvidar de si mesmo e do que sabia ser verdade. Era um mentiroso patológico que conseguiu sair da sua vida sem qualquer remorso ou culpa. Ele simplesmente sai e abandona tudo deixando-nos no limbo, cheios de ansiedade, e incapaz de se mover para frente até que ele volte. E por isso ele sempre podia voltar. Quebrou todas as promessas para você e / ou seus filhos. Fez você se sentir insignificante e, em seguida, deixou você completamente insegura. Criou o caos dia a dia e ainda a acusou de ser dramática. Ele era o mestre da agressividade passiva e o guardião dos segredos. Sentia-se no direito de fazer o que quisesse quando quisesse com qualquer pessoa que queria à custa de ninguém ... ou seja, você. Tudo o que ele fez para você, ele espera que você faça o oposto e não faça perguntas ao fazê-lo. No final, você se tornou o mais ínfimo reflexo de seu antigo eu, quase irreconhecível. No entanto, apesar de tudo o que tinha feito, você se sentiu viciado no drama que você odiava. Você aceita que a recuperação é um processo longo. Enquanto isso, ele continua sem perder o ritmo, vive como se nada tivesse acontecido. Na verdade, para ele, você não é mais importante que do a sujeira em seu sapato.

Então pergunto novamente: ESTE ASSASSINO SER PERDOADO? É obviamente um narcisista e provavelmente há uma infância rui por traz dele. ISSO IMPORTA??
A verdade é que alguém que comete um grande erro, mas sente remorso e um narcisista que abusa livremente de consciência limpa deve ou não deve ser perdoado da mesma forma?

Um merece o perdão e o outro não. Se você disser para aquele que cometeu o erro, "eu percebo que você está arrependido e eu o perdôo. Sei que és uma boa pessoa e todos nós cometemos erros. Agora vamos seguir adiante ", aquele que errou provavelmente vai explodir em lágrimas com apreço.

Agora se você diz ao narcisista: "Eu quero que você saiba que eu o perdôo por tudo, porque no fundo eu entendo que você é apenas uma alma vazia que merece compaixão", o narcisista provavelmente vai começar a rir, por que ele não está nem ai para sua opinião?

Não precisamos nos tornar mártires para curar. Não somos obrigados moralmente, espiritualmente ou mentalmente a perdoar todas as pessoas más que passaram por nossas vidas - particularmente alguém como um narcisista que não conhece limites. Talvez eu pense desta maneira porque sempre que ouço as palavras narcisista, cura e perdão na mesma frase, eu automaticamente ouço Jesus na cruz sussurrandoperdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem”. Eu não sei você, mas eu, não consigo aceitar qualquer coisa não tenho tamanha elevação espiritual. Seria hipocrisia da minha parte dizer que perdoei todas as dores que eu e meus filhos passamos!
Eu realmente acredito que essa coisa de perdão cístico que falamos ... às vezes é melhor deixar para  níveis mais elevados.

Ok, posso ser a única pessoa auto-ajudante que pensa assim. Então você irá me perguntar: O que queres que eu faça – me torne um velho amargo? Claro que não.  Na verdade, estou dizendo que você não tem que fazer qualquer coisa em relação ao narcisista, exceto se afastar e não manter contato., alias contato zero. O resto - a cura - cuidará de si mesmo, sem necessariamente passar pelo perdão. Você não tem que provar nada a ninguém, muito menos para o idiota que causou tudo isso. Acredite em mim não dê tanta importância ao narcisista - sobre sua capacidade de compaixão e perdão, elas com certeza estavam nutrindo ele. Afinal ele conta com sua natureza indulgente e compaixão para fazer o que sempre é feito, isso é o que mantêm o laço. Lembre para alguém apreciar a compaixão e o perdão, essa pessoa deve primeiramente compreender - e vice-versa. Um narcisista não tem essa capacidade.

Em rupturas normais com parceiros normais, com o passar do tempo as feridas começam a curar, a dor e a raiva simplesmente desaparecem. Alguns de nós até mesmo, depois de um tempo, tornam-se e permanecem como bons amigos. Perdoamos a essa pessoa pela dor que nos foi causada? Claro, mas é diferente. A verdade é que nós curadoprimeiro” e, em seguida, o "perdão" aconteceu - naturalmente. Nós nãoprecisamos” perdoar para curar. Nós curamos primeiro e em algum lugar ao longo da linha nós perdoamos. Após uma ruptura normal, as feridas cicatrizam naturalmente e ex-parceiros que são "normais" serão naturalmente perdoados.

O narcisista é diferente! O rompimento não é normal. O relacionamento inteiro não é normal. Se você pensar sobre isso, tudo o que sempre fez foi perdoar. Nós perdoamos o narcisista todos os dias... para cada coisa/comportamento/agressão durante todo o relacionamento, afinal estávamos com essa pessoa e a amávamos nosso relacionamento inteiro está pautado no perdão! Perdoar foi o que você fez.
Nós perdoamos diversas vezes seus comportamento narcisista e sua indiferença.
Perdoar, perdoar, perdoar... E que bem nos fez? Nada!  Além disso, quando não estávamos perdoando -, estávamos ocupados implorando para sermos perdoados. - mesmo quando não fizemos nada de errado.

Meu ex era tão bom que eu me sentia culpada por qualquer coisa e o perdoaria por ele ser tão bom assim. Para falar a verdade eu não sabia sequer o motivo pelo qual eu poderia brigar com ele. Eu ficava aliviada por ele ser generoso e compressivo considerando minhas limitações. Então o que isso tem a ver com perdão?

Então afirmo novamente precisamos colocar na pratica o CONTATO ZERO. Nesse momento essa é a única exigência possível! Acredito que todos nossos perdões durante o relacionamento inteiro nos levaram para essa situação drástica. Penso que neste momento a única pessoas que devemos perdoar é a nós mesmos por termos permitido todos essas agressões e abusos, mas mesmo assim esse processo deve ser rápido, e eficaz e logo em seguida deve ser superado! Precisamos confiar na ordem normal das coisas no Universo. Ao contrário de um rompimento normal, haverá ainda uma longa estrada pela frente.
O perdão uma hora perderá chegar, mas o importante nesse momento é se focar na sua cura.
Procure um psicólogo, leia livros e procure apoio em blogs e grupos de apoio! Talvez você não concorde comigo, mais eu ainda não acho lógico que todas as agressões podem ser perdoadas.
Prefiro ficar louco do que triste porque eu sei que meus sentimentos naturalmente se ajustarão. Paguei minha penitência de perdão e você? E, a propósito, você é ainda permanece aquela pessoa compassiva e continuará perdoando. Tenho certeza que ele não te transformou em um mostro frio e insensível.

Tudo o que você era antes do Narcisista...ainda está lá. Só está silenciado, só isso. Ele não pode tirar isso de você. Perdoe a si mesmo


Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

O medo de ser a outra –Sobre se apaixonar por um homem casado


"Estou saindo com alguém", diz ele. "Mas, eu ainda gostaria de surfar com você."

Eu o exclui do Facebook, então.Havia claramente uma atração, porém não permitira que as coisas ficassem confusas entre a gente, porém universo tinha outros planos.
Na semana seguinte, fui surfar por sugestão de um amigo em uma praia nova e ele estava lá. Então percebi que ali era a praia dele, onde fazia suas pausas onde encontrava amigos... e eu me encaixei imediatamente. Não conversamos. Sou mais esperta que isso, mas senti seus olhos me seguindo inúmeras vezes naquela tarde. Em todos os momentos sabia onde ele estava na água. Ali iniciou o meu primeiro erro. Mais tarde, estendi a mão para ele. Falei para mim mesmo que isso seria inofensivo. “Ei, me desculpe te cortei!” Claro, vamos ser amigos, pensei!. Rapidamente, passamos a conversar todos os dias pelo celular! Foram dias sem parar! Muitas músicas e fotos! .
Então combinamos que seríamos 100% honestos, como ele me diz. Então pensei esse é o momento certo de perguntar sobre a mulher dele...mas não perguntei.
Então ele disse, é raro duas pessoas se conectarem tão rapidamente! Então prosseguiu me perguntando se eu estaria para sempre em sua vida!
Quando li seus textos meu coração batia mais forte. Até que um dia ele me convidou para passar o dia com ele e eu aceitei a oferta. E o dia foi lindo, me fez acreditar no destino e nessas coisas romanticas...seguramos nossas mãos com tanta intimidade!
Então veio com maior naturalidade um novo convite: “Quero te ver novamente, antes de me afastar dela”, diz ele. Vamos juntos ao cinema! Tudo isso antes mesmo de eu me afastar dele e chegar no estacionamento. E assim, nós fizemos! Porém, um elefante branco me acompanhava em todos os momentos, escondido no cantinho da minha consciência. Não tenho coragem de perguntar porque ele vive conversando e fazendo planos comigo... então empurrei o elefante ainda mais para o canto... então me disse: “Ela não deve ser assim, tão importante! Eles são novos. E ele é livre e adulto para fazer suas escolhas!” Tudo isso fica rondando meus pensamentos para justificar cada ato que estou cometendo. Então me convenço que ele irá me escolher. Este é realmente o que meu coração diz!
Então vem aquela mensagem dele: “ Espero que sejamos amigos para sempre! Amigos!?!?
E os nosso planos e nos abraçarmos, irmos no cinema, surfar e beber vinho?!?
Então ele me diz que se importa com ela...
Isso é tudo que eu precisava ouvir! Não podemos fazer isso, digo para ele e por fim, acabo tudo!
Então ele me persegue... e me procura mais e mais! Ele me diz que sua alma esta despedaçada se eu partir para sempre. Essa foi minha deixa.. e resolvo conversar novamente com ele. Então em uma noite de sexta conversamos por duas horas. Ficamos sem fôlego e muito animados no telefone. As coisas ficam sensuais entre a gente! Quando acordo sábado de manhã encontro muitos flertes no meu celular... Ele está pensando em mim... Acredito que ele esteja começando a me escolher e não ela. Tudo me deixa mais deslumbrada, e parece que estamos criando algo mágico. Eu fico olhando para o oceano onde nos conhecemos e ele Eu acho que tenho muito para oferecer a ele! E quando ele vem em minha direção, mesmo sabendo que sairá da cama dela, eu imagino que posso lhe dar mais do que ela pode. Digo a mim mesma que ele não a ama se ele vem atrás de mim...
Eu erro, porque estou no meio da rua e tem um caminhão vindo na minha direção que irá colidir, só que minha fé/paixão me diz que o motorista me viu e irá parar... só que não!
Aos poucos ele vai se distanciando! Eu, insisto e peço para irmos caminhar no calçadão de mão dadas! Ele me acompanha mas seus pensamentos estão presos nela! Até que ele diz: “Minha cabeça está girando”. “Não sei o que estou fazendo.” Para confortá-lo digo que está tudo bem e o envolvo em meus braços. Só peço que diga a ela!
Então me dou conta que esse é o começo do fim, mas não quero acreditar.
Tudo isso foi um erro. Umas horas depois ele me liga e diz que vai contar pra ela, mas que está esperançoso que conseguirá se acertar com ela!
Fico em estado de choque.. Então pergunto se você a ama, porque continuou me procurando?
Então percebo que não signifiquei nada para ele! Ele se irrita, e me manda parar!
Nos próximos dias, ele se afasta totalmente. Apenas avisa com palavras confusas que precisa se dedicar a ela. Até que ele me bloqueia nas redes sociais.
Eu... estou devastada. O que eu esperava?
Então eu percebo que o amor não começa com uma mentira!
Então tenho uma atitude imatura e procuro ele para dizer que o odeio! Estou esgotada! Muito zangada, mas é a verdade. Eu sinto falta dele. Também quero que ele me perca! Mas ele não se importa. Um milhão de pensamento percorrem minha cabeça! Será que ele realmente disse para ela?!? Ela o perdoou?!? Eu era apenas uma distração... até que eu me faço a pior de todas as  perguntas “Será que sou digna de ser amada?!?”
Existem inúmeros homens! Fortes, bonitos, homens disponíveis correndo nas ruas em supermercados e surfando... Qualquer um desses homens tem o potencial de me amar se eu deixar. Mas posso deixá-los?!? Em vez de procurar um relacionamento saudável, eu escolhi brincar com um homem que já não estava disponível. Uma relação que desde o início estava fadada a quebrar meu coração. Tive medo de responder minhas próprias perguntas. Será que posso ser amada?!?
Há muito trabalho a ser feito. Devo deixar meu passado de lado e me perdoar pelos meus erros. Preciso resolver minhas inseguranças profundas que me fizeram correr para os braços de um homem que só poderia me rejeitar. Preciso parar de rejeitar a mim mesma.
Sim quero acreditar em um romance, no amor e no destino. Enquanto escrevo estas palavras espero que elas me libertem de alguma maneira. Quero iniciar minha jornada acreditando nisso tudo. E assim deixo meu coração extravasar, e espero que o universo se apresse para preencher o espaço vazio e dolorido que ficou. Quero ter fé genuína em mim mesma!

Autora April Pojman

Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


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Libertando-me da minha história: Eu não sou uma mulher despedaçada.

  
Chega um momento no qual precisamos fazer uma escolha! Podemos continuar vivendo as mesmas histórias antigas, com os mesmos personagens antigos e gerando e lambendo as mesmas velhas feridas, até  que um dia morreremos.
Ou, podemos nos levantar agarrar e agarrar corajosamente a vida pelas próprias mães e partir para algo novo. Essa pode ser a coisa mais assustadora do mundo – mas a mais libertadora também.
Minha história vive ecoando, digitado em negrito e itálico,eu sou uma vítima”;’ “Eu sou fraca sem voz e submissa”; “Sou uma mulher quebrada/depedaçada”.
Mas eu estou pronta para superar tudo isso.
Hoje sei que as coisas dolorosas não importam. Tudo que me quebrou e que aconteceu, não importa, nem mesmos quantos pedaços de mim sobraram, porque na verdade nunca fui uma mulher quebrada!.
Terminei com aquele capítulo, esse livro, essa história foram bem ensaiadas. A página final foi escrita, encadernada e selada. Estou pronta para honrar novas páginas - amá-las e conhecê-las com a sabedoria do coração - mas também estou pronta para queimá-las com meu espírito rebelde. Porque não somos nossas histórias! Não somos os grandes ou terríveis personagens que criamos. Não somos nossos erros, nossas feridas. Somos espírito. Somos alma. Somos infinitamente mais mágicos que a soma total de eventos que nos aconteceram e pessoas que nos feriram.

Se existe uma história antiga e cansada que esteja pronta para libertar. – essa é hora de abraçar completamente seu futuro, com todo o seu coração além de um sorriso curioso - então junte-se a mim. Vamos amorosamente queimar aqueles contos cansados e limitantes para mergulhar com orgulho no momento presente, vamos nos libertar e deixar ir tudo o que pensávamos que nos definia, mas nunca realmente definiu.
A melhor maneira de fazer isso é escrever nossas histórias na íntegra. Para cuidadosamente digitar os contos exatos, as palavras, crenças e memórias na qual nos apoiamos. Fazendo isso, percebemos que eles nunca nos definiram. Fazendo isso, mudamos nosso destino.
Transcendemos tudo o que pensamos que éramos e nos orgulhamos de tudo o que podemos ser.

Aqui está a minha história. Eu a escrevo para deixá-la ir.Escrevo para transformá-la.

Um lenço velho com o cheiro de um antigo perfume me enche com lembranças repugnantes velhas e azedas. Não são memórias bonitas das quais me orgulho. Ah não.
Estas são as lembranças grosseiras, escuras, escondidas, vergonhosas, que me assombram como fantasmas malvados, como sonhos ruins, como pesadelos que realmente eram. Memórias que eu nunca quis falar, mas ainda existem se eu as escutar.

Aquelas  vezes em que minha carne foi tocada quando eu não queria que ela fosse tocada.
Os tempos nos quais meus limites foram violados, cruzados e transgredidos sem mesmo pensar.
Às vezes em que fui manipulada, pisoteada, intimidada, provocada, e me mandaram calar a boca.
Às vezes que sentei lá em silêncio atordoada, e deixei tudo acontecer.
O cheiro daquele velho perfume permanece no ar, docemente doce, como uma página esfarrapada, amarelada, como uma definição cruel que me segue por toda parte.
Uma mulher abusada. Uma mulher quebrada. Uma mulher submissa que não teve um único pensamento seu. Uma menina patética que faria absolutamente qualquer coisa para ser aceita ou amada até mesmo aceitar ser depreciada todos os dias.
Isso foi o que pensei de mim por tanto tempo.

Ainda me vejo como em uma tela de cinema, a mesma cena se repetindo diversas vezes: eu, sentada ali, congelada como uma marionete, uma triste marionete, servindo despreocupadamente a todos os caprichos e necessidades. Nunca dizendo “NÃO”. Somente acenando com cabeça, em um sorriso doce, automatizado, emitindo um sussurro resignado de "sim".

Há páginas rasgadas no meu coração; Há capítulos escuros que ainda me aterrorizam, mas eu não quero escondê-los mais. Não mais vergonha desses lugares feridos dentro de mim. Eu os possuo. Eu possuo cada pedaço de sua esplendorosa e escura existência. Talvez eu os tenha quebrado em alguns pontos, talvez meu coração tenha ficado machucado, mas não sou uma mulher quebrada.
Nunca fui. Sou uma fênix se reerguendo.
Sou uma mulher selvagem e curativa que recupera seu valor, conhecendo o brilho de seu poder, sorrindo e renascendo diariamente, através de suas próprias mãos.
Sou uma mulher forte que aprende constantemente lições bonitas mesmo das mais cruéis, ciladas dos destinos.
Não sou uma mulher quebrada.
Sou um falcão voando livre, uma Fênix ressurgindo das cinzas da escuridão com nada além de meu coração, um sorriso cintilante um ser inteiro - minha vontade inquebrável de sobreviver, com muita sede de continuar tentando, até um dia prosperar!
Pela primeira vez na minha vida, estou colocando minhas mãos no volante, para dirigir, dirigir para onde- exatamente eu quero ir.

Não posso esquecer o que aconteceu comigo - as maneiras que me senti quebrada, silenciada e violada. Talvez eu nem possa perdoá-la, mas posso transmutá-la; Posso transformá-la
.
Posso transformar cada pedaço de minha dor em um mosaico de florescente beleza. Posso sombrear as bordas cheias de carvão de minha vergonha e preencher as más lembranças com flores e assim preencher cada camada de tristeza - de sufocação, de lama pegajosa, - posso assim fazer uma nova vida.
Eu posso ficar inteira, não ser quebrada, mas por causa disso.
E assim eu vou.
Recuperarei minha alma, retomarei cada pedacinho do meu poder que sempre me pertenceu, e eu pintarei uma nova vida deliciosa. Uma vida que é verdadeiramente minha.
Uma vida de liberdade.
Agora esse será o perfume que a brisa me traz, entre respirações ofegantes de memórias amargas e azedas, percebo um aroma de frescor como orvalho, algo mais suave, mais picante, mais substancial do que o passado - como a canela, o cardamomo e o sândalo misturados, casando com um incenso sagrado e nutritivo para a minha alma.
É cheiro belo do aroma da liberdade. Minha tão esperada liberdade.
A liberdade que devorarei com cada fibra do meu ser. Porque a liberdade, oh, doce liberdade, você sempre foi minha; eu só não sabia como acessá-la. Hoje eu reivindico você com fome com todo o meu coração, com um ridículo sorriso no meu rosto.
Porque não sou uma mulher quebrada. Não sou uma mulher presa, fraca, sem voz, frágil, invisível.
Eu nunca fui.
E a história do passado não foi esquecida, foi trasmutada feita mais bonita por esta realização liberadora. Foi um capítulo doloroso. Doeu, e nada vai fazer isso mudar, mas não preciso disso para ficar bem, eu não preciso ir para o passado para deixar tudo bonito ou tudo melhor. Posso estar aqui agora e abraçar o passado, cheio de trevas com o gosto da dor com dragões cuspidores de fogo.
Sim, um passado, cheio de tudo que me levou a olhar para minha própria sombra e voltar a brilhar. Um passado que me lembrou no final da luz que devo seguir.

"Você viu minha morte, 
agora assistirá meu nascer." 
~ Rumi 
Adaptação to texto de: Sarah Harvey


Martína Mädche, advogada
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