sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Você esqueceu de como se cuidar? Uma jornada para auto descoberta após o divórcio

Conversando com uma mãe que está em processo de separação recebi o seguinte relato: “quando olho no espelho vejo como abdiquei da responsabilidade de cuidar de mim, no inicio achei que seria uma pausa breve para cuidar dos filhos, casa, marido e trabalho, mas o tempo foi passando... Quando me divorciei, tive que enfrentar uma série de coisas inclusive as responsabilidades que eu deleguei.

Ela lembrou que logo no início do seu casamento ficou grávida e optou por cuidar das crianças, acabou se ocupando da família e deixando os outros como prioridade. O marido precisava estar bem vestido e apresentável para o trabalho, o trabalho dele era prioridade, afinal sustentava a casa, os filhos nem se fala. Esta dinâmica fez com que ela se dedicasse para ver seu marido e filhos felizes ignorando, completamente, o que precisava. Naquela época, decidiu que não seria uma prioridade.

Isto foi uma receita para o desastre. Quanto mais ela trabalhava para ter certeza que o marido estava cuidado, pior se sentia. Começou a ter ansiedade e ataques de pânico. No início, o marido ficava preocupado, mas ao longo dos anos, ele foi se concentrando nele e se distancio da casa, o que culminou em um divórcio. Então iniciou uma nova jornada de auto-descoberta - uma jornada que começou com a mudança das crenças que já não funcionam mais...

Uma das primeiras crenças que ela mudou foi a de acreditar na capacidade de se sustentar sozinha, pois embora tivesse conhecimento e habilidades para cuidar de suas necessidades financeiras, não tinha a crença que poderia fazer "apenas" por si.

A próxima crença que ela mudou foi a de que precisava ser punida por ter se divorciado. Ela afirmou: "Vivi com a expectativa de que Deus fosse me castigar, por isto não me divertia e essa crença fez com que eu me punisse. Pensei que o propósito da minha vida era trabalhar duro e cuidar de todos e de tudo, pois me sentia responsável - de novo, a não ser por mim.”

Outra crença que ela mudou foi a maneira de assumir a responsabilidade por ela mesmo. Ela acreditava que deveria esperar e encontrar alguém que cuidasse dela, porque ela cuidava de todos. Afirmou que isto foi muito difícil e complicado, pois teve que mudar a forma de se relacionar com os outros.

Haviam muitas outras crenças a serem enfrentadas, depois de ter abdicado de cuidar de si. O método que usou para alterar essas crenças foi o de torná-las conscientes e enfrentá-las uma a uma. Precisou olhar para si. Buscou se redescobrir e mudar o que não estava funcionando. Além disto, se permitiu acreditar que sabia o que precisava mudar, e que podia confiar em outras pessoas para pedir ajuda quando fosse necessário. Essa é uma das coisas mais responsáveis que qualquer um pode fazer.

Quais são as suas responsabilidades atuais? Muitas pessoas têm muitas responsabilidades que elas acabam delegando. Tome algum tempo e verifique suas responsabilidades atuais.
Quais são as responsabilidades que você delegou ou desistiu de atender? Para cada uma das responsabilidades que você identificou, pergunte qual o preço por delegar esta responsabilidade. Algumas responsabilidades têm um preço elevado, por exemplo – a responsabilidade de ter certeza de que todos ao meu redor estão bem cuidados. Outras responsabilidades têm pouco ou nenhum preço. Então olhe para tudo o que você já abriu mão ou desistiu olhe as suas responsabilidades.


Não estando satisfeito com as suas responsabilidades, se pergunte como estas podem ser ajustadas. Veja que a separação pode ser a oportunidade de mudança de crenças. Ela pode ser o próximo passo positivo para uma jornada de vida incrível!
Martína

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Violência Doméstica e Auto-Estima

Em muitos casos, a auto-estima baixa e a violência doméstica andam de mãos dadas. Ter ou estar com baixa auto-estima pode levar a uma série de desdobramentos, além de ser um problema sério para as mulheres (e homens) que são vítimas de violência doméstica.

Ao contrário do que muitos pensam a violência doméstica não é apenas violência física, também pode incluir o abuso sexual, abuso emocional, abuso financeiro e perseguição. Basicamente, o infrator que comete a violência tem a necessidade de manter o controle sobre suas vítimas.

A baixo auto-estima pode fazer com que a vítima permaneça em um relacionamento abusivo por mais tempo.

Observou-se que mulheres com auto estima mais elevada possuem mais facilidade e, portanto, mais poder para deixar um relacionamento onde há abuso. Mas a auto-estima sozinha não pode combater a violência doméstica. Constatou-se, também, que os infratores de violência doméstica tendem a se fixar em mulheres que têm baixa auto-estima, pois acreditam que a vítima vai querer e precisar deles, não importa o que eles façam.

Por causa da conexão entre a auto-estima e a violência doméstica, é fundamental ensinar as crianças sobre a auto-estima. De acordo com Overcoming.com.uk, um site que se concentra em questões de saúde mental, "as experiências cruciais que ajudam a formar as nossas crenças sobre nós mesmos, muitas vezes (mas nem sempre) ocorrem na nossa infância."

Por isso, é essencial que as crianças sejam introduzidas ao conceito de auto-estima em uma idade precoce. Devemos ensinar nossas crianças sobre seus sentimentos e se os seus sentimentos são saudáveis, além de ensinar a buscar maneiras positivas para se sentirem melhor com elas mesmas.


Em entrevistas com mulheres que sofreram de violência doméstica foi constatado que a maioria delas tem medo de sair por conta própria, elas não acreditam que são capazes de sobrevier sozinhas. Portanto, trata-se de uma questão de auto-estima, que é agravada pelo medo e pela dependência do agressor.


Já os infratores são muito conscientes disso, pois manipulam o medo em proveito próprio. Se um agressor sente que seu parceiro está se sentindo mais seguro, ele vai acender o charme para convencer a vítima de que ele realmente a ama, em seguida tira algo dela para mostrar a dependência e manter o controle e domínio.

O infrator pode manipular sua vítima seja através do poder financeiro, ou qualquer outro poder que encontre para manipular.

Uma vítima disse que o marido a manipula, por acreditar que tenha direito único e exclusivo sobre a casa onde moram. Ele diz para a vítima que ela é nada em relação a ele, isto faz com que ela se sinta vulnerável e com medo.

O infrator conhece a vítima e cria permanentemente algo impactante e significativo para manipulá-la e a mantém por mais tempo em seu domínio.

Mulheres que lidam com a violência doméstica precisam lembrar e serem lembradas de que não estão sozinhas. Amigos e familiares de vítimas devem fornecer lembretes que elas têm capacidade para saírem desta situação em busca de uma vida normal. Vítimas precisam de apoio para se sentem capacitados a viver uma vida livre de violência.

Lembre a vítima de que nunca é a escolha certa para ficar em um relacionamento onde o abuso predomina. A vítima de violência doméstica deve formar um plano de segurança e sair da situação na primeira oportunidade que puder. Não importa o quanto vulnerável o atacante a faça se sentir, todos merecem ser tratados com respeito e dignidade.

Espero que encontres ajuda para enfrentar estas questões.
Estas páginas são escritas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Boa sorte,
Caso precise de apoio entre em contato: Martína Mädche

Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo do face: Separei e Agora? - Apoio para mulheres separadas!
Para homens: em breve