terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O estranho com quem me casei - Quem é ele?

Só conhecemos as pessoas quando elas saem de nossas vidas!


É engraçado dizer isso ... mas só enxergamos isso quando a relação termina.

De repente, todas as qualidades desaparecem como se nunca existissem existido, e a pessoa que achávamos ter amado com todo o nosso coração de repente se torna uma estranha.

A realidade é que ninguém muda no minuto que um relacionamento acaba - mas como pode ser isso?

A maioria dos relacionamentos não dura, há um claro começo, meio e fim. Primeiramente, passamos um tempo juntos se conhecendo, então passamos para um relacionamento divertido (ou nem tanto) e, por fim, as coisas começam a desmoronar... até que cada um segue seu caminho...

Porém, o problema não reside na forma como encerramos nossos relacionamentos - mas sim como começamos, pois determina quão bem conhecemos nosso parceiro.

Na vida, somos condicionados a mostrar apenas a nossa parte boa.  Então mostramos só nossos aspectos brilhantes e bonitos aquelas partes dos nossos corações das quais sentimos orgulho, por que?  Simples alguém em algum lugar nos disse que se mostramos nossas sombras seríamos rejeitados.

Por isso, ao iniciar um relacionamento, mostramos apenas nosso lado bom, esperando que talvez isso seja suficiente para alguém especial nos aceitar. Porém isso, não é quem de fato somos!

Debaixo dessas partes brilhantes, ficam nossas sombras, nosso eu verdadeiro – nosso eu completo- nossos medos, nossos erros, nossas complicações e nossas crenças que são os aspectos que não apenas definem quem somos, mas também se alguém significou algo para nós (ou não).

Somos criaturas terrenas; somos humanos. Não somos perfeitos, impecáveis, apesar da hashtag no Facebock ou Instagram.

Na sombra estamos nus, bonitos e talvez um pouco confusos.

Quando terminamos um relacionamento, nosso eu verdadeiro se manifesta, porque não precisamos mais deixar nossas sobras trancadas no porão, não há mais preocupação com o fato de que nossos segredos sujos possam sair nem com o que os outros diriam ao mundo sobre quem realmente somos.

Nem todas as relações são destinadas a serem eternas. Algumas vezes, quando uma relação acaba descobrimos um novo nível de intimidade uma nova vulnerabilidade que talvez não tivéssemos descobertos se não olhássemos para as nossas sobras e se os muros não caíssem.

Há diferença em terminar um relacionamento com um drama amargo ou no amor e amizade. De fato a forma como o relacionamento termina demonstra como ambos envolvidos se sentem em relação a um e o outro. 

Quando um relacionamento termina com uma amizade, o que seria o ideal, poderia ter havido sim amor entre ambos, porém por diversas questões, essa relação deveria ter sido apenas a de melhores amigos.

Já quando um relacionamento termina com luta, gritos, manipulação ou coerção, devemos entender que esses comportamentos estavam todos presentes durante todo o período que ficaram juntos, porém poderíamos estar nos negando a olhar para esses aspectos que estavam sendo omitidos.

Chega um momento, no qual respiramos fundo e sacudimos nossas cabeças, querendo saber como  ficamos com alguém assim. Como não percebermos com que estávamos lidando? Quando nos damos conta do eu verdadeiro do outro ficamos perplexos! São nesses momentos que percebemos que talvez nosso relacionamento fosse mais uma projeção do que uma realidade. Era apenas algo imaginário, algo criado ou sonhado!

Era mais sobre querer alguém para ser a pessoa certa do que realmente conhecer e analisar detalhadamente se de fato era, escolhemos aquela pessoa por diversos motivos menos pelo que de fato deveria ser...

A dor de ter que reconhecer isso é inegável, mas é fundamental olharmos para nossas escolhas, para que as próximas sejam mais acertadas. Hoje, percebemos os sinais daqueles que estão escondendo algo, nossa intuição é mais forte quando há algo diferente na nossa frente. Hoje não temos mais tanto medo de não mostrar nosso eu verdadeiro a um novo parceiro.

Hoje ao olhar para meu passado posse dizer que nós só podemos nos dar conta de algumas coisas quando fazemos uma retrospectiva.  Há momentos nos quais não podemos ver onde erramos, até que estejamos fora da situação.

Serão os raros relacionamentos nos quais vamos passar pela situação na qual terminamos um relação e então nos damos conta do quão incrível era aquela pessoa que estava ao nosso lado. 

Nesse caso, pode ser que por alguma razão, tivemos que ficar escondidos atrás de muros de proteção assustados para não deixar ninguém entrar e nos conhecer de verdade. É nesse momento que percebemos exatamente o que tínhamos – não porque perdemos, mas porque percebemos que nunca poderíamos ter nos entregado como poderíamos.

Não basta olharmos apenas para o aspecto do porque um relacionamento acaba. Devemos olhar também para quem nos tornamos por causa disso. Não é só olhar para o nosso parceiro sob a nova luz, é olhar  também para nós mesmos e para aqueles aspectos da alma que desejamos que não existissem.

Quando um relacionamento acaba nosso aprendizado não é sobre o nosso ex parceiro, mas muito mais sobre nós mesmos. Podemos ver como lidamos com conflitos e decepções, podemos ver se de fato houve algo verdadeiro por baixo de tudo.  Relacionamentos sem base sólida terminam invariavelmente quando os aspectos românticos acabam, porém quando construímos algo sobre uma amizade verdadeira mesmo com uma ruptura a relação não termina apenas se transforma.

Estamos maduros para um relacionamento quando não mudamos a forma de interagir com a pessoa com a qual queremos construir uma ligação romântica, e se de fato houve amor naquela relação, mesmo que por alguma razão haja uma ruptura, vamos continuar respeitando aquela pessoa, inclusive quando houver necessidade oferecendo ajuda.  Talvez seja assim que vamos descobrir quem de fato são nossos parceiros verdadeiros, e quem sabe o que é  o amor.

"Diga-me quem você ama, e eu vou te dizer quem você é."


Texto de Kate Rose adaptado por
Martína Mädche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca inspirar e transformar as vidas de pessoas. Tenho familiaridade com as conversas internas que temos. Conheço pessoalmente o diálogo interno negativo que e se manifesta a vergonha em tudo: relacionamentos, comunicação, parentalidade, o caminhar da vida. Através de minhas experiências familiares e profissionais, procuro ajudar homens e mulheres a percorrerem o processo de libertar-se de suas lutas internas. Nesse blog encontrarão orientações, diversas práticas e treinamentos que visam dar apoio  em momentos de conflito e crise familiares. 


Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
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Contato: martina.madche@gmail.com
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