quinta-feira, 24 de novembro de 2016

E se eu ficar o resto da vida sozinha - Como encarar o medo da solidão

O medo de passar o resto da vida sozinha 

O medo de passar o resto da vida sozinha


Mães solteiras são guerreiras, também são um exemplo de pessoas fortes, determinadas e independentes, mas lá no íntimo temos muitos medos escondidos. Um deles pode ser o de que nunca mais encontraremos alguém, pois nenhum Homem vai querer algo sério com uma mulher com filhos. Você conhece esse medo?

Uma vez escutei que mulheres como eu correm contra o tempo para encontrar um relacionamento. Devo me apressar para encontrar um homem?
Confesso que fiquei irritada com essa afirmação, pois para mim era o pior conselho do mundo. Então me perguntei o porquê disso tudo! E aos pouco percebi que no fundo eu tinha é medo. Ao refletir um pouco sobre o conselho que recebi percebi uma lição. Olhei meus sentimentos mais de perto, e conheci uma parte muito vulnerável em mim.  Estava olhando para minhas sombras ...

Quando iniciei meu namoro me convenci que tinha encontrado a pessoa que ficaria comigo para o resto da vida. Até que enfim, não estaria mais sozinha. Pensei que teria essa pessoa para estar ao meu lado. Finalmente, tinha alguém para estar comigo ao acordar pela manhã e me acompanhar no embalo do dia até a noite cair. Porém, quando olhei mais a fundo, percebi que em todos os anos que passamos juntos eu na verdade sempre estive sozinha e confesso que aprofundando mais um pouco eu percebi que estive sozinha minha vida toda. 

Quando olhei para meu casamento percebi que aquela pessoa que estava lá não era eu. Para manter minha família tive que fingir ter domínio de tudo para ser alguém que não era eu. Tive que ser Dona de Casa, quando secretamente queria aprender sobre pessoas e me realizar profissionalmente. Tive que assumir toda administração da casa e dos filhos, depois encontrar um “hobby produtivo” para ajudar no sustento da casa, mas na verdade nada daquilo me representava. Tínhamos que representar ser a família perfeita, vivíamos de aparências, pois no fundo, não tínhamos uma família. Todo dia enganava a mulher que realmente sou, assim, não teria que ficar sozinha com meus filhos. Cada dia que passava desaparecia um pequeno pedaço de mim. Cheguei a ter medo de deixar de fingir ser aquela mulher. Pensei que o coração daquela menininha que era emocionalmente tão sensível na infância e que cresceu e se tornou uma mulher que desejava tanto ajudar os outros não existiria mais. Mas chegou o dia em que ter que me tornar alguém para não estar sozinha era mais assustador do que realmente enfrentar a solidão. 

O medo na verdade é uma ilusão. É uma manifestação da mente que nos impede de alcançar nosso potencial. A palavra medo em si já provoca reações negativas, então seria melhor alterar a palavra medo por uma palavra que seja reconhecidamente mais favorável como a palavra vulnerabilidade.

Por quê? Há duas maneiras de lidar com o medo. Podemos sentir o medo como uma sombra que permanece nos cantos escuros de nossas vidas e que tem poder sobre a gente, ou podemos reconhecê-lo como algo que nos deixa vulnerável. Estar vulnerável não é uma coisa ruim, pois é o que nos permite sentir e nos leva a nos relacionarmos com os outros. É a parte que nos permite ser quem somos. Assim foi comigo. Reconheci minha vulnerabilidade em me envolver em um relacionamento como mãe solteira  o que me levou a me relacionar com tantos leitores. E quando olhamos para o medo dessa forma ganhamos poder. 

Portanto, não estamos sozinhos. Se estiveres lendo estas palavras és provavelmente uma mãe solteira como eu, ou seja, significa que tens filhos e, portanto, não estás sozinha. Teus filhos irão amar te incondicionalmente, assim como tu os ama. Eles sempre estarão lá para ti e eles sempre serão a tua maior razão de viver.

É fácil viajar em nossos sonhos românticos incorrigíveis. Sonhamos encontrar um homem que nunca irá nos abandonar. Mas naqueles dias, em que perco a esperança e me vejo completamente só e abandonada, eu me lembro que tenho um menino e uma menina que sempre precisarão de mim. E isso é tudo que eu preciso e então nada mais importa. 

Hoje estou sozinha. Uma das maiores razões para eu deixar meu casamento era porque eu não podia ser eu mesma. Devemos lembrar que somos seres únicos, não existe ninguém igual. E é isso que nos deixa bonito, encantador e original. Somos os únicos que podemos ser filhos de nossa mãe e nosso pai. Só tu podes dar ao mundo o que tu podes dar. Nunca tente ser outra pessoa para conquistar um amor ou uma segurança, porque se tiveres que ser alguém diferente, viverás uma vida muito solitária independentemente de estares sozinha ou acompanhada. 

Nunca se contente com pouco. A razão de 54% dos casamentos terminarem em divórcio é porque as pessoas se contentam com muito menos do que elas desejam e que as tornariam felizes. Não somos fieis a nós mesmos. Estamos mais preocupados em encontrarmos uma parceira funcional do que um relacionamento maduro e realizador. 

Acredite! Quando me vi preocupada e apreensiva com minha gravidez e como teria que me virar com um filho sozinha me apavorei. Foi quando meu ex me pediu em casamento. Senti um alívio naquele instante me imaginei no inicio de um conto de fadas no qual teríamos uma vida longa juntos. Porém, eu não estava feliz. Meu medo de ser uma mãe solteira e não dar conta do recado era maior do que o desejo de ser feliz. Fiquei seis anos me contentando com uma segurança barata na forma de um anel no dedo e percebendo que aquele casamento não era bom para mim. 

Não tenha medo de estar sozinha garanto que é melhor do que se contentar em estar do lado de uma pessoa que não te ama pelo que és ou para estar do lado de alguém que não ames verdadeiramente. Lembre o medo é algo que pode te capacitar e trazer a verdadeira felicidade. É melhor estar sozinho e feliz do que casada e infeliz. 

Então o que eu digo para as pessoas que querem me enquadrar no estereótipo velho e barato e que devo ter pressa por ter 39 anos e ser mãe solteira e que preciso garantir um relacionamento?

É o seguinte: “ se estivesse preocupada correndo contra o tempo, eu ainda estaria casada, mas não haviam razões para isso, pois minha felicidade é mais importante do que estar sozinha. E se eu ficar sozinha para o resto da minha vida é porque eu nunca encontrei ninguém que me ofereça o que eu mereço. Sim, hoje estou completamente sozinha, mas estou feliz. Eu acordo de manhã e lembro do que tenho e não do que eu não tenho e é tudo que eu realmente preciso para ser feliz, por isso, se eu nunca encontrar um homem para compartilhar minha vida pelo menos terei a minha felicidade. 


Texto de Kristi Castro, 
adaptado por  Martína Mädche

Martína Madche, advogada
OAB/RS 60.281

Martína Mädche, sou fundadora do blog, sendo que este projeto busca ajudar pessoas a reencontrar a Felicidade, por meio de orientações, diversas práticas e treinamentos que visam apoiar mulheres e homens no processo de divórcio e crises familiares. 
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
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