quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Alienação Parental - quando um dos pais fala mal do outro para o filho

O que é Síndrome de Alienação Parental?

Após a separação pode haver motivação de vingança, manifestação de raiva, rancor e culpa por parte de um ou de ambos progenitores. Trata-se de uma separação não resolvida. Uma forma comum de manifestar a insatisfação com a separação é a Síndrome da Alienação Parental. Podemos defini-la como uma tentativa deliberada por um dos pais para distanciar seus / suas filhos do outro progenitor. A motivação é destruir o vínculo parental entre seus / suas filhos . O processo de alienação se desenvolve ao longo do tempo e alguns dos sintomas da síndrome incluem o seguinte:

Um pai vai falar mal ou critica o outro progenitor diretamente para o filho ou filhos. Declarações negativas sobre o outro progenitor pode ser mencionadas de forma direta ou indireta. Por exemplo, o pai pode dizer: “Não podemos comprar seu material escolar porque seu pai / mãe decidiu gastar o dinheiro nas férias com seu novo amigo”. 

Um comentário mais direto seria: "seu pai / mãe saiu de casa porque ele / ela não se importava o suficiente com você. "De qualquer forma as declarações destinam-se para que a criança fique com raiva e rancor do outro progenitor. É uma tentativa de usar a criança para se vingar do outro para causar dor emocional

Um pai vai falar mal do outro progenitor dentro da faixa de audição da criança ou crianças. Há pais que dizem que nunca falam nada negativo para o seu filho ou filhos, mas eles não parecem ter qualquer problema em dizer coisas negativas para outras pessoas de sua convivência. Estas pessoas mantêm uma aparência de "boa pessoa.", podemos chamá-lo como o “santinho do pau oco”. É fácil dizer que não sabia que a criança estava ouvindo. É uma forma de não assumir a responsabilidade por suas ações e palavras. Eu entendo que são agressores passivos. 

Outra situação é a do pai/mãe que informar detalhes do divórcio e do conflito em curso
. Eles discutem problemas financeiros trazidos para o divórcio. A criança está consciente dos que ocorre no processo. O progenitor deixa transparecer que se não fosse o pai ou a mãe a sua vida seria mais fácil. Toda alienação faz com que a criança sinta raiva contra o outro progenitor. Esta situação causa na criança o sentimento de ser responsável pela situação, ou seja, a criança assume a responsabilidade pelo litigio/brigas com um todo. 

Um pai/mãe pode usar linguagem corporal para expressar sua antipatia pelo outro. A criança pode testemunhar pai / mãe revirando os olhos ou agitando sua cabeça a respeito de algo que o outro pai fez ou disse. Tal linguagem corporal envia uma mensagem negativa, sem que uma palavra fosse dita. As crianças são inteligentes e sabem que um virar nos olhos é um gesto de desprezo, portanto uma clara intenção de enviar a mensagem de que o outro progenitor é menos prezado de alguma forma. 

Outra forma comum de afastar a outro progenitor é dificultar o convívio. Criar transtornos nos dias de visitas. Um dos pais ficam impedido reiteradamente de conviver com seu filho. 

Quando a Síndrome se manifesta em um estado grave um pai/mãe podem chegar ao ponto de acusar o outro progenitor de abuso, físico/sexual ou emocional. Quando isto ocorre há consequências legais graves. Se uma criança é pequena demais para falar o que aconteceu e você suspeita de ter sofrido algum tipo de violência, você deve insistir em um exame médico e uma avaliação psiquiátrica. Se a criança tem idade suficiente para falar e esta comunica que sofreu abuso, então é sua a responsabilidade de ajudá-la e protegê-la do agressor.
As crianças que convive com conflitos mal resolvidos sofrem tremendamente, pois adicionam ao estresse normal da separação e do divórcio a sensação de que a criança deve escolher entre um dos pais causando danos que duram uma vida inteira. Uma criança é impotente quando se trata de acabar com o conflito que ele / ela está testemunhando. Quando um pai/mãe utiliza um dos filhos como uma marionete para sua vingança, medo, raiva ou ciúme quem paga o preço é o filho. Via de regra, a criança para se proteger e proteger os pais faz uma escolha entre um dos pais, pois assim tem a impressão que ameniza o conflitoÉ um preço terrível para as crianças ter que pagar com uma tentativa de amenizar os sentimentos dos pais.
É imperativo que os pais estejam dispostos a agir de forma cooperativa, é preciso que os pais coloquem as necessidades da criança em primeiro lugar e que a sua única preocupação seja sempre a de manter seu filho em segurança.

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