A violência doméstica se manifesta de diversas
formas. O agressor pode ser fisicamente violente, poder haver
crueldade emocional ou também agressão verbal. Já li estudos
declarando que em 20% dos casamentos há alguma forma de violência
doméstica por parte de um dos cônjuges. A boa notícia é que você
pode parar com a violência!
O que é a violência doméstica? É uma pergunta
que aparentemente é óbvia, entretanto, a pessoa que vive inserida
em um meio violento, não tem esta percepção. Via de regra, quem
sofre abuso e violência vai perdendo sua autoestima e segurança, o
que faz com que não confie em seu próprio julgamento. Ela não sabe
ou acha que aquilo que sofre não é violência, principalmente,
quando falamos em agressão emocional ou verbal. A maioria das
vítimas só enxergam a agressão após confirmação de um
profissional. É como se fosse um peixe, ele vive dentro da água,
mas nem imagina que existe um mundo fora dela!
A negação é um dos maiores problemas, pois faz
com que a pessoa negue a situação,. Esta atitude gerando o que se
pode chamar de um estado de “cegueira”, e pior, este estado é o
que gera o empoderamento do seu agressor (a) e consequentemente, a
vítima se anula cada vez mais.
A única forma de sair desta situação é fazer
com que a vítima mude seu padrão de comportamento. Somente
com seu empoderamento, ela sairá do seu agir, e por conseguinte
assumirá sua responsabilidade deste círculo vicioso.
Portanto, a única forma de terminar com a
violência é fazer com que a vítima reconheça que na verdade ela
permite o agir de seu agressor e que ela no primeiro sinal de
violência ela deveria ter “caído fora”.
Trago, agora um exemplo de uma cliente, que no primeiro sinal tomou a decisão certa! Ela mantinha um relacionamento com um agressor durante nove meses. No primeiro soco na cara, buscou e recebeu apoio, sendo orientada a “cair fora”. Mesmo sem dinheiro, sem carro, ela reagiu e disse quero sair daqui em segurança. E assim o fez! Ligou para uma pessoa de sua confiança e pediu apoio, portanto ela agiu e reagiu. A partir dai recebeu ajuda para seguir sua vida! Ela encontrou uma vida melhor um relacionamento melhor porque existe vida fora da água!
Sempre existe alguém para nos
ajudar! Lembrando que para receber ajuda, precisamos pedir
antes! Há necessidade de um agir da vítima, saindo assim do seu
padrão de inércia e submissão !
Ela saiu do casamento com as roupas do corpo e com
uma mala com poucos pertences! Ela me disse: “Quando me vi estava
correndo em direção do nada. Mas mesmo o nada, era melhor do que o
futuro que eu teria com ele. Não sei o que seria de mim se eu
ficasse!” .
Se você está em um relacionamento violente e
abusivo terás que fazer uma escolha. E, sim, você pode escolher:
1. Diga para seu parceiro quando este está sendo
violento, diga o que estas sentido! Não existe sentimento errado!
2. Coloque limites firmes. Diga como quer ser
tratado e defenda seu espaço.
3. Se houver espaço, procurem ajuda juntos e
necessário enfrentar o problema.
4. Você pode achares que seu parceiro/cônjuge
mereça uma segunda chance, que intenções dele/dela foi boa e que
ele/ela não o machucará mais, porém é necessário quebrar o ciclo
da violência! Talvez você tenha sucesso...
Outra opção é a de se conformar completamente e
aceitar emocionalmente que algo tão incompreensível seja teu
destino Mas te pergunto! Como podes aceitar que uma pessoa que diz
que te ama te agrida física, verbal ou emocionalmente?
Somente você pode avaliar se vale a pena o
esforço de estar ao lado desta pessoa! Há pouco momentos em que o
agressor tem um “insight” e ele admite que agiu agressivamente,
porém se ele não receber o comportamento de contrapartida que ele
deseja sua raiva e vai aumentar mais e mais, estimulando assim seu
comportamento violento.
Só quero que tenha consciência que se ficar a
chance de continuar e nunca mais parar é bem grande! Sendo que neste
caso não só o agressor tem problemas, você também os tem, já que
o comportamento de um alimenta o do outro! Sendo que o agressor só
saíra deste comportamento quando sua vítima reagir e alterar sua
postura.
Caso opte por ficar! Sugiro o seguinte:
1. Quanto falar com o agressor sobre se
comportamento dele seja específico e conte detalhes dos seus
sentimentos e percepções!
2. Estabeleça limites diga seu entendimento e
onde seu comportamento está sendo inadequado. Fale como queres ou
não queres ser tratado(a).
3. Determine prazo, um tempo limite para que seu
comportamento agressivo mude. Diga para ele ou ela que você espera
que este busque um tratamento profissional, sendo que se não houver
mudança você vai sair de casa, e terminar o relacionamento.
4. Via de regra os agressores argumentam e se
justificam muito bem e usam de persuasão para enrolar a vítima.
Preste atenção no COMPORTAMENTO DO AGRESSOR!
Esteja sempre em alerta! Esteja atento(a) a qualquer movimento, não
importa quão doce são suas palavras!
5. Por fim, se a violência e abuso não
cessarem! Saia!!!!! Chega! Cuide de si! Ser bonzinho não te leva a
lugar algum, você tem obrigação de se cuidar!
Para muitas pessoas um soco no nariz mais que o
suficiente! Uma agressão é suficiente para um ajuste de realidade e
a necessidade de um novo agir.
“Porque dar a oportunidade para seu agressor
agir assim de novo? Se eu tivesse ficado eu teria me tornado
responsável pela agressão.... eu não quis essa
responsabilidade!....”
Caso precise de mais informações entre em
contato pelo e-mail: martina.madche@gmail.com
Boa Sorte
Estas páginas são elaboradas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo do face: Separei e Agora? - Apoio para mulheres separadas!
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Para homens: em breve
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