quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PAI DIVORCIADO – FERRAMENTAS DE SOBREVIVÊNCIA

A batalha do divórcio

Estou a algum tempo divorciada, durante este período, cometi erros e vi meu ex errando. Todos acertam e erram quando enfrentamos novos caminhos, sobreviver na adversidade é um desafio e tanto. Não posso escrever sobre o lado dele, mas posso escrever sobre o que venho observando ao longo dos anos na minha experiência pessoal e profissional na área de direito de família. Então decidi compartilhar algumas ferramentas para esta nova fase!

Ferramentas para pais divorciandos:

Primeira Ferramenta: Visão!

Martína Mädche
Reconhecer o novo terreno! Veja o que é preciso fazer! Primeiro passo para enfrentar um momento de crise é o olhar e reconhecer. Aprenda a pisar neste novo terreno. Saiba que o divórcio veio para tirar você da zona de conforto. Há uma necessidade de um novo olhar para sua vida! Quais são seus desafios? O que me espera? Como será o convive com meus filhos? Quais são as necessidades dos seus filhos? Onde vou morar? Com quem posso contar? Quanto vai me custar a separação? O que me sobra do meu salário? Como será minha separação? Como é o processo? Como ficam os bens? E as dívidas? Como meus filhos vão viver? Com quem vão viver? São muitos aspectos que precisam de respostas urgentes! Liste seus enfrentamentos e depois vá em busca de respostas!

Segunda Ferramenta: Planejamento

Martína Mädche
Metas e desafios: Então, agora já tens uma noção do futuro! O próximo passo é como enfrentar? O que é preciso providenciar? Saiba que estás prestes a mergulhar em um dos maiores desafios de sua vida! Portanto o planejamento é fundamental! É necessário buscar armas e ferramentas! Procure se familiarizar com aspectos legais do divórcio! Planeje a forma como será seu relacionamento com seus filhos e sua ex! Crie suas metas e propósitos de forma realista! Sendo sua primeira e principal menta: SEUS FILHOS! Segunda: VOCÊ! 

Quanto ao aspecto filho, quero abrir um parenteses! É mito achar que as crianças são resistentes e irão se adaptar a qualquer coisa! É história para boi dormir achar que 15 min de convivência feliz com seus filhos é suficiente! As necessidades dos seus filhos não podem ser colocadas em segundo plano durante o processo de divórcio. 

Terceira Ferramenta: Comunicação: 

Martína Mädche
Saiba que será necessário trabalhar na comunicação com sua ex-esposa e com seus filhos! Todo o processo do divórcio será pautado na forma com que vocês se comunicam! Encontre algum veículo de comunicação! Pode ser e-mail, telefone, mensagens enfim é necessário dialogar para construírem uma nova forma de existir em família!

Saiba, as pessoas que ficam atentas a comunicação conseguem enfrentar melhor o divórcio! As regras devem ser claras! Neste momento é necessário poder confiar que ambos terão seus filhos como prioridade! Portanto, sejam honestos para encontrar um caminho para o bem-estar dos filhos! Não importa o quanto estão magoadas, isto cada um terá que administrar de alguma forma, mas a honestidade deve prevalecer para o bem-estar dos filhos!

Lembre-se por mais raiva e mágoa que você tenha em relação ao seu ex, ele é pai/mãe de seus filhos e nunca deixará de ser! Vocês terão um vínculo para o resta da vida! Aprenda a lidar com seus sentimentos! 

O que responder quando as crianças perguntam?
Quando um pai “abandona” ou “ignora” um filho a criança perde a confiança nele! É preciso ficar atento as necessidades das crianças. É hora de investir ainda mais na comunicação entre vocês! Compartilhe com seus filhos seus sentimentos e preocupações na medida da compreensão destes! Segure seu filho quando ele / ela chora, diga que você compreende e se você concorda com o que eles estão sentindo. 

Assim, como seus amigos tomarão partido na separação, seus filhos também podem escolher um lado para favorecer um dos pais! Não é incomum as crianças favorecerem um dos pais durante um divórcio, aprenda a lidar com este desafio, procure informação e ferramentas!

Assim, como você seus filhos enfrentarão uma enxurrada de emoções! Eles experimentam, confusão, medo, raiva, abandono, tristeza assim como qualquer pessoa que enfrenta o divórcio. Por esta razão, o seu filho pode ficar mais agressivo. É comum as crianças ficarem mais explosivas, e ofensivas. Criança também perda a compreensão e razão. Outros ficam mais introspectivos e tristes! Observe as reações de seu filho. Eles são reflexo da confusão mental dos adultos!

Permita que seu filho desabafe seus sentimentos sobre o divórcio. Tenha muitas doses de paciência! Ele também está sofrendo. As crianças também ficam confusas! Na medida que você se aproxima dos sentimentos dos seus filhos, significa que você está construindo confiança. Cada momento e sentimento compartilhado é um tijolo na sua base familiar. Uma criança que confia em um pai também valoriza a relação com esse pai. A partir desta relação de cumplicidade, terás a confiança de teu filho. É isto que seu filho precisa para crescer seguro e confiante. 

Quarta Ferramenta: NEGOCIAÇÃO

Esteja dispostos a negociar: Como havia falado, você terá que encontrar uma nova forma de se relacionar seja com seus filhos ou com sua ex! Então, o primeiro passo é aprender uma das ferramentas indispensáveis para o novo agir a NEGOCIAÇÃO. Você não só terá que negociar aspectos legais, como um acordo de divórcio, mas será necessário negociar e ajustar o futuro de vocês! Nenhum acordo judicial resolve os aspectos cotidianos das relações familiares! Portanto, terás muitos anos de negociação pela frente. Primeiramente, sugiro contratar um mediador este é um recurso que será recompensado, já que evita um processo judicial exaustivo e longo. Sendo a opção pela pacificação faz com que a família reconstrua sua vida com mais facilidade. Caso não tenham recursos financeiros encontrem alguém de confianças para mediar o diálogo, há muitos aspectos que precisam ser negociados. 

Este é o momento de negociar como será construída a relação familiar daqui para frente! Como será a vida de seus filhos! Quais aspectos devem ser levados em conta! Formação emocional, espiritual, questões financeiras, alimentação... tudo que envolvem as crianças devem ser ponderados neste momento! Onde as crianças vão residir! Saiba que a busca deve ser por um equilíbrio no relacionamento! Como cada um dos pais poderá participar ao máximo na vida dos filhos? Estas são algumas bases para iniciar a negociação! Lembrando que a prioridade são as crianças. Elabore um cronograma e negocie o tempo que você pode obter. É necessário planejamento, sem contudo deixar a flexibilidade de ambos de lado!

Quinta Ferramenta: Ajuda 

Esteja aberto para pedir ajuda ou fazer terapia: Não descarte a possibilidade de procurar uma ajuda de um profissional, seja um coach ou um terapeuta. São muitos aspectos que devem ser levados em consideração. São poucos homens que buscam um profissional de ajuda, ou até um livro de ajuda, a maioria guarda seus sentimentos para si e fica lambendo as feridas. Não é a melhor opção para seguir em frente. Um aconselhamento para enfrentar o divórcio é fundamental para melhorar e facilitar o seu andar neste terreno obscuro. Uma pessoa que já tem uma visão de seus enfrentamentos poderá ajudar a construir uma boa relação com seus filhos e a reconstruir sua nova vida.
Boa Sorte, Martína Mädche

Estas páginas são elaboradas para apoiar, ajudar a curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Só penso no meu Ex... O ex não sai da minha cabeça! Cuidado você pode estar viciada!

Viciada no ex? 


Esquecer o Ex completamente, talvez algo impossível! Fato é que as memórias permanecem.. Isto é perfeitamente normal! Mas há alguns sinais que demonstram quando algo não está bem! Veja se você ainda está conectada ou obcecadas pelo seu ex! 


O pós separação não é fácil!Pode ser que iremos derramar algumas lágrimas e depois lamentar, o que é bastante natural.Mesmo quando saímos de relacionamentos abusivos e agressivos há um luto. 


Fato é que quando vivemos muitos anos com a pessoa há uma certa dependência, afinal esta pessoa fazia parte da rotina de sua vida!  Mas quando, finalmente, encerrou a relação com o homem que na verdade significava o seu mundo! Uma pessoa tão próxima e importante, não é bem assim, para esquecer. Porém, quando a separação foi a meio século atrás e você ainda perde boa parte do seu tempo com o pensamento ligado nele, cuidado, pode ser que o amor se transformou em um dependência, um vício!

Martína Mädche
1. O mundo desmoronou


Então meu mundo acaba aqui... Não terei outro parceiro... Sou carta fora do baralho! Meu corpo não é mais o mesmo... Não tenho mais idade.... Agora tenho que cuidar dos filhos... e assim, vão surgindo mimimis e muitos motivos impeditivos para seguir em frente. Então, vemos nosso Ex retomando a vida. E ficamos focados no que teria sido, nas oportunidade que ele tem e você não e o quanto sua vida está uma merda! 

Parece que os pensamentos brotam um atrás do outro. Depois do pensar... o próximo passo é ir atrás de informações, o que ele postou no face, está online no Whats o que meus amigos sabem... que lugares está frequentando... e assim, o Ex vai ocupando um espaço na sua mente que não é mais dele e você deixa de viver a sua vida por uma pessoa que não está mais nem ai para você! 

Aos poucos você vai se esquecendo de quem é para se ocupar com o Ex. Começam os diálogos mentais... e a cabeça passa a tagarelar o tempo todo... Por fim, esquecemos da nossa vida, de nossos objetivos... da nossa vida... para ficar obcecadas pelo outro. 

Quando passamos a viver assim, surgem doenças, depressão, aumento de peso e nenhuma oportunidade para nada. Sua vida para! Está na hora de procurar ajuda! 


2. Substituir o vício!


Cada um tem sua forma de lidar com a separação. Pode ser uma ou duas garrafas de vinho com a melhor amiga. Mas cuidado, após a separação, temos a tendência de fazer de tudo para nos manter dopados. É fácil viciar em exercícios físicos, comida, álcool, drogas, compras... jogos, enfim, qualquer coisa desde que alivie a dor...queremos esquecer! 

Assim, surge o vício...tudo por um pouco de alivio, de alegria. 


Martína MädcheOutra forma de vício é substituir o ex rapidamente por outro. Quando algo surge em sua vida para anestesiar um sentimento tenha cuidado. Mesmo que seja uma nova relação. É bem provável que este novo relacionamento possa ser abusivo ou no mínimo que esta nova pessoa tenha os mesmos problemas que seu ex.  Pense nisto! 

3. Não faça mais contato. Chega vai viver tua vida!

Quando você permanece procurando seu Ex. Busca alguma forma de falar, ou mandar uma mensagem, um email, um comunicado ou qualquer forma de cruzar com ele, enfim, você quer informações, qualquer coisa que seja...até brigas. Cuidado! Se você está querendo que ele lembre de você de alguma forma de qualquer jeito? Atenção está na hora de encerrar isto. Se controle! Cada vez que tiver o impulso de ir atrás substitua! Ligue para sua melhor amiga, para sua família ou qualquer outra pessoa de sua confiança. Esqueça seu ex. Bloqueie fale somente o necessário. 
  

Caso tenham filhos em comum a comunicação entre o casal é necessária, porém, fale somente sobre os filhos. É necessário viver o luto e se afastar... dar um tempo. 

Martína Mädche 
Fique alerta a todos estes sinais. Se eles tiverem presentes na sua vida procure apoio e ajuda. Lembre este momento é a oportunidade de você ser o seu foco. Sua atenção e dedicação devem estar voltadas para você! Fique atenta ao seu comportamento. Olhe para si! Veja o que ainda gosta em você! O que é necessário reinventar ou redescobrir! Você tem em mãos uma oportunidade de criar quem você deseja ser! Pense nisto! Agora é a hora de se cuidar! 

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A culpa é de ....? Quando a culpa está presente no divórcio!

CULPA – curando emoções

Martina Madche
Ao terminar um relacionamento há falhas de ambos os lados, via de regra, alguém carrega sentimentos a culpa, seja lá por que motivo for. Recentemente, recebi um e-mail de um homem que se divorciou há 32 anos. Depois de 3 décadas, ele ainda sente culpa pela traição da esposa e do divórcio subsequente. Sua afirmação; “a separação arruinou minha vida”. O que ressoava dentro dele era o desrespeito com que foi tratado. Assim, ele vive carregando o trauma ao longo dos anos.


Seu e-mail me levou a fazer algumas pesquisas sobre como a culpa age quando há uma separação e como podemos nos adaptar a isto. O que encontrei foi interessante. De acordo com um estudo feito por Paul Amato "as pessoas que vivem culpando o seu ex parceiro possuem mais dificuldades em seguir em frente após o divórcio, assim como as pessoas que culpam razões externas ao casamento. Fato é que a culpa pode trazer muitos males para a pessoa. Talvez, a questão da culpa explique porque muitas pessoas vivem infelizes após o divórcio. 

Fato é o cônjuge que carrega o sentimento de culpa, passa por um calvário. Como hipótese oi levantado que aquele que carrega a culpa ainda tenha um grande apego pelo ex, talvez ele se sinta pela metade ou simplesmente se sinta anulado sem o outro. Seja lá por que razão, a culpa o impede de seguir em frente e reconstruir sua vida após o divórcio.

Há uma lição valiosa na história deste homem para aqueles que estão passando por um divórcio. Encontrar falhas em seu cônjuge, ou atribuir culpas a situações não vai ajudar em nada. Remoer, reviver, reprisar questões do passado, não ajudam a seguir em frente.

Os estudos apontam que  para se recuperar melhor após o divórcio o foco deve ser mantido no relacionamento, os problemas do relacionamento e a possibilidade de que a própria relação foi falha, assim, será mais leve a sua recuperação.

E quando olharmos para a situação como um todo, devemos lembrar que existe vida após o divórcio, não importa de quem é a culpa.

Claro, que a maioria das pessoas sai do divórcio inclinado a culpar algo ou alguém! Mas, o que está por trás deste mecanismo da culpa?

O divórcio representa uma falha/fracassos, a falência de um casamento, sendo que é muito mais fácil viver com o fracasso e se puder colocar a responsabilidade por essa falha nos pés de outra pessoa, então fica mais cômodo aindaColocar a culpa no outro é menos doloroso, mais fácil e mais confortável, porém, isto também, significa menos reflexão emocional, menor análise pessoal.

Acrescente ao sentimento de culpa o fato da família e amigos ainda sentirem simpatia com o ex, assim a culpa vira um calvário, sendo a sua consequência devastadora. Basta perguntar ao homem acima que ainda está preso na dor e na raiva, lembrando que isto por 32 anos!

Uma outra forma de olhar para este momento de crise, é o fato que o fracasso na vida deve ser tratado como uma oportunidade de aprender. Ele fornece informações valiosas que podem ser utilizados para o próximo capítulo na vida. Quando analisamos as falhas do relacionamento em si, em vez de olhar as falhas do outro ou de determinados fatores, fica mais fácil ver o que não funcionou. 

Portanto, a lição trazida é olhar para o relacionamento, e então perguntar o que deu errado? Deixe as falhas internas e de seu cônjuge de lado. Esta postura, nos prepara para fazer opções melhores e te levarão para um relacionamento futuro feliz.

Lembrando que quando a culpa fica centrada em si e no outro, como resultado temos a estagnação de nossa vida, paramos de crescer e aprendizagem não vem. E com isto mantemos o mesmo padrão de relacionamento e possivelmente o resultado será o mesmo.

Uma característica das dores da alma, como por exemplo a perda e medo, é a de ficar no caminho do pensamento objetivo e lógico. Quando a razão lógica e objetiva para, a nossa capacidade de fazer um inventário do casamento e avaliar a nossa contribuição para os problemas do casamento também ficam paralisados. 

É necessário olhar para o que houve, mas sem a participação da culpa, e sim com um olhar sensível no que deu errado e como fazer o trabalho necessário para evitar repetir os erros que levaram ao desaparecimento do casamento.
Martina Madche

É tudo uma questão de escolha. Escolha como o divórcio impactará no seu futuro! Deixe de lado a culpa e abraçe o fato de que seu divórcio é uma oportunidade para aprender e crescer e assim irás acertar da próxima vez.

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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Como falar com as crianças sobre o divórcio

Martína Mädche

Como falar sobre a separação com seus filhos? Apesar de ser um momento tenso, esta também é uma oportunidade de dizer o quanto os ama, e o quanto estas preocupado com a família. Em princípio estas podem ser a diretrizes na hora de compartilhar a notícia.

Primeiramente, é importante dizer esta conversa só deve acontecer se estiver certo de que o divórcio ou a separação vai realmente acontecer. A seguir coloquei alguns tópicos que considero importantes na hora da reunião.

1) Primeiro converse com seu ex antes de contar para as crianças
Para o bem de seus filhos, é necessário colocar toda a mágoa e raiva de lado, só assim, poderão em conjunto falar sobre os detalhes que precisam ser contados para as crianças. Caso a comunicação entre vocês esteja muito complicada, sugiro buscar apoio de um mediador, coach ou conselheiro, ou simplesmente, convide alguém de confiança para ajudá-los.

2) Se possível, façam esta conversa em conjunto

Isto é importante para as crianças, sentirem e verem que os pais trabalharão em conjunto para o benefício dos filhos. Se os filhos possuem a mesma faixa de idade é interessante que sejam comunicados em conjunto. É importante que cada criança ouça esta notícia diretamente da mãe e do pai; não do irmão que ouviu primeiro. Se seus filhos possuem idades diferentes, seria interessante compartilhar a informação em um encontro inicial, e, posteriormente, se houver necessidade continue a conversa com os filhos mais velhos .

3) Busque se manter a calma e evite culpados

A maneira com esta notícia é levada para as crianças afetará o grau de ansiedade delas. A partir desta comunicação que formaram uma imagem positiva ou negativa do cenário. Evite deixá-los inseguros.

4) que explicação dar?

Claro que não é necessário dar explicações sobre o que está acontecendo em detalhes, mas é interessante dar uma explicação geral, sem dar informações de caráter muito pessoal.

5) Busque explicar como pretendem viver a partir de então.

Como será o senário daqui para frente. O que esperam do futuro! Onde vão morar, o que será necessário fazer e decidir. Explique o que os espera. Sendo que ambos, pai e mãe, continuarão amando eles. Garanta que terão um relacionamento de qualidade com ambos os filhos precisam de ambos inteiros e disponíveis!

6) Reforçando o amor incondicional

Seus filhos precisam saber que o divórcio não é culpa deles. Além disso, reforcem que ambos os pais coletiva e individualmente amarão eles sempre. Evite fazer promessas. Em vez disso, mostre e diga o que fará para manterem o vínculo de amor e carinho. As crianças precisar ter a segurança. Eles não podem nem devem perder um pai ou uma mãe.

7) Seja compreensível com a reação das crianças

Talvez a separação era previsível para as crianças, talvez não. Seja lá como for o impacto é grande, pois mudará e muito a vida delas também. Eles também, terão que articular seus sentimentos, de raiva, tristeza e frustração, sendo que cada crianças reagirá de alguma forma.

8) Esteja disponível para responder a todas as perguntas!

Muito provavelmente, as crianças terão muitas perguntas. Seja honesto e claro nas respostas. Se não souber a resposta a uma pergunta, diga-lhes isso. Haverão muitas oportunidade para responder a todos os questionamentos e diminuir preocupações.

9) Dê-lhes um tempo para eles se adaptarem com a notícia 

É uma grande mudança! Faça um esforço para estar presente quando houver necessidade, demonstre que será uma presença constante na vida deles.

Estas são algumas sugestões na hora de conversar com as crianças. Toda separação traz dor, ninguém é poupado! É necessário ter muita paciência com todos. É interessante trabalhar as mágoas, frustrações e desavenças em terapia. Todos com certeza precisarão.

É necessário deixar as crianças terem acesso a ambos os pais! Não use seus filhos contra seu ex cônjuge isto é um crime contra a infância! Mãe e pai, ambos são necessário para a formação saudável do ser humano! Busquem orientação para negociarem um acordo de convivência igualitário onde ambos possam participar da rotina dos filhos!

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

ABANDONO DO LAR - QUANDO ELE SAI DE CASA

Algumas pessoas tem me procurado com dúvidas sobre ABANDONO DE LAR. 

Este post é para  esclarecer e “desvendar” alguns mitos  sobre quando um dos cônjuges sai de casa para não voltar mais.

O abandono de lar ocorre quando um dos cônjuges afastar-se do lar, com intuito de não mais regressar.

A maior dúvida dos meus clientes é com relação aos bens do casal. O ato de um dos cônjuges sair da residência do casal, não dá causa a perda dos bens. Realmente existe no Código Civil a expressão ABANDONO DE LAR, mas a retirada de um dos cônjuges de sua residência, não dá causa a perda de seus bens.

Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes motivos:
I - adultério;
II - tentativa de morte;
III - sevícia ou injúria grave;
IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;
V - condenação por crime infamante;
VI - conduta desonrosa.
Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum.

Então qual é a consequência do ABANDONO DO LAR?
Há que se considerar, inicialmente, que:

Quando os dois cônjuges, em comum, percebem que não há condições da convivência, e um deles sai da residência, NÃO há o abandono de lar. Houve concordância do casal.

Também, da mesma forma, há que se considerar que quando o “abandono” não é prolongado (prazo de 01 ano corrido) ou quando o “abandono” é intermitente (vai e volta várias vezes), NÃO é caracterizado o abandono do lar.

Sendo assim, o abandono do lar caracteriza a impossibilidade da vida em comum, dando ensejo à separação;

O abandono possibilita que o cônjuge "abandonado" ingresse com a ação de divórcio; Pois ao se casar, os cônjuges possuem dever conjugal, e o abandono é uma violação grave a uma dessas obrigações, e havendo culpa, como todo e qualquer "contrato", pode, se provado o prejuízo, requerer-se indenização: quanto a isso, entretanto, não há consenso.

Conclui-se que se um dos cônjuges expulsa o outro do lar em comum, e este, para evitar maiores confusões, sai de sua residência, tal fato não caracteriza o "abandono de lar".

Se um dos cônjuges sai de casa, ainda que sem o consentimento do outro, porém por prazo não prolongado, não caracterizará o abandono de lar. Porém é importante ressaltar que não é preciso que seja exatamente 1 ano. A jurisprudência vem entendendo outros prazos para caracterizar o abandono se ficar demonstrado que quem abandonou o fez com o intuito de não mais voltar.

Também cumpre ressaltar que "abandonar o lar" não lhe tira o direito ao patrimônio em comum.

As consequencias do abandono de lar são:

O cônjuge que abandona não poderá pedir ao abandonado alimentos (pensão alimentícia)  para si. Todavia, essa punição não atinge os filhos, que sempre poderão requerer alimentos, ainda que assistidos pelo cônjuge que abandonou.

Há que se entrar com o divórcio pelo prazo menor que 02 anos, pois após esse prazo, o cônjuge “abandonado” pode entrar com uma modalidade de usucapião familiar, requerendo totalidade do imóvel do casal...

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Para homens: em breve

Divórcio e Agora? O que esperar deste blog ? Enfrentamentos para “divorciandas”!

Se você decidiu que o seu relacionamento chegou no fim, você acabou de tomar uma das decisões mais difíceis da sua vida. Não é fácil encerrar o sonho dos felizes para sempre…
Quando temos filho a decisão parece pesar mais ainda…, pois é invevitável um afastamento do filho. Por isto, é necessário fazer um planejamento! Quem ficará com ficará a guarda, qual valor da pensão, onde irei morar, como meus filhos irão enfrentar estas questões e nisto tudo como eu fico? Enfim são muitas dúvidas!
É preciso curar a dor de seu divórcio, além de ter que assumir a responsabilidade de reorganizar a sua vida e a vida das crianças, como escola, comida, moradia, divisão de horários etc.
Neste reorganização toda ainda temos que ser produtivos no trabalho, pois provavelmente ambos terão que colocar comida na mesa, dar um teto para a família, além de desfrutar de uma vida social e pessoal! Então isto é um desafio e tanto, sendo necessário muito força, organização e apoio para não deixar a poeira cair.
Eu como advogada já havia atuado na Vara de Família, porém só com minha separação me dei conta do quanto estamos desamparados.
Somente, quando me vi sozinha e perdida com duas crianças pequenas, percebi como é difícil enfrentar este momento. Constatei que o acordo que celebramos no judiciário não servia praticamente para nada. Não resolvia as questões do dia a dia. Tudo me parecia bem mais difícil.
Diante, deste desamparo, constatei a necessidade de apoio, porém  em pesquisas na internet encontrei muito pouco material de apoio e mais grupos de apoio para trocas. Por isto, estudei anos a fio e aos poucos fui curando as minhas feriadas e dos meus filhos. Não foi fácil enfrentar as dores e desafios com duas crianças pequenas.
Hoje, me sinto fortalecida e em condições de compartilha minha experiência.  Por isto, criei este blog para  você que enfrenta todos estes desafios que se movimenta por esta nebulosa fase que é o divórcio em busca de uma nova vida. Os temas que serão abordados aqui envolvem a superação e enfrentamento da crise até a construção de uma nova vida. Alguns tópicos que serão abordados:
Conhecendo a dor que ficou e como curar
Para seguir em frente com equilíbrio, é preciso curar a dor. Para isto é necessário olhar para si, e superar as questões que ficaram para trás.
Como lidar com o Ex?Se a escolha foi a separação, é inevitável que os ânimos entre vocês não é o dos melhores! Como lidar com uma pessoa que nos era tão íntima e de repente vira um estranhou ou em alguns casos até um inimigo?
E as crianças como ficam?
Serão também abordadas questões sobre a reação das crianças no processo do divórcio.  Como fica a preocupação de acompanhar os filhos nesta fase tão complexa da vida, para que possam crescer de forma saudável, protegidos e amados.
Quanto a questão da reestruturação financeira:E as crianças como ficam?De acordo com meus estudo e pesquisas a renda familiar da mulher média cai em 37% após o divórcio, sendo bem complicado a reinserção no mercado de trabalho. Como administrar a pensão se você recebe pensão e o seu salário? O homem também sofrerá com as mudanças financeiras, já que provavelmente, haverá o desconto da pensão de sua renda, além da necessidade de procurar um novo lar para você e as crianças, já que são raros os casos onde o marido fica com a casa e filhos recebendo pensão. Para isto tudo ocorrer de forma tranquila sugiro que você faça algum planejamento financeiro. Como lidar com a perda de renda, como sobreviver e manter as contas em dia. Este é mais um dos desafios quer o divórcio traz!
Namoro, então como fica a vida afetiva…:Se você ficou casado por um longo tempo, você até pode se sentir intimidado demais para tentar namorar novamente. Como lidar com estas questões? A coragem de encontrar um novo amor! Como meus filhos vão lidar com isto! O ciúme do ex. E o padrasto e a madrasta como lidar com a pessoa que irá conviver com seu filho na intimidade.
Estes assuntos pretendo abordar nesta páginas! Caso tenha alguma dúvida ou sugestão fique a vontade para comentar ou mandar um email! Abaixo meus contatos.
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5 coisas que ninguém conta sobre o divórcio

Sou advogada de família, divorciada e mãe. Fazem quatro anos que me especializei em divórcio. Este caminho que percorro como profissional de ajuda e mãe separada vem me ensinando muitas coisas, sendo a principal, a de como sobreviver a muitas crises.

Posso dizer que é um tanto desafiador, principalmente, quando temos que associar ao enfrentamento do divórcio a administração de duas crianças, carreira, dificuldades financeiras e pessoais. Neste post decidi compartilhar um pouco sobre o que não é dito sobre o divórcio!

Então olha só....
  • "Ninguém diz que após o divórcio você se sentirá como um exilado.
  • Ninguém diz que as pessoas realmente vão escolher um lado, e eles vão fazê-loinclusive na sua frente;
  • Ninguém diz como aprender a superar isso. Nem como lidar com seu sofrimento.
  • Ninguém diz como você estará vulnerável e como tudo parece uma merda.
  • Ninguém diz que você vai olhar para o futuro com descrença e ficará se perguntando quanto tempo vai demorar tudo istoe nem que as pessoas que eram tão próximas passam a ser completamente estranhas...
Estes são sentimentos que se repetem nas falas das pessoas que passam pela fase inicial do divórcio. Claro, que muitos vão dizer; “Não isto é assim, comigo será diferente!” Será? Os relatos que recebo tem uma certa constância e frequência sobre estas cinco questões!

As pessoas que está passando por um divórcio são consideradas diferentes! Há rejeição por amigos, afinal como incluir ela/ele em um jantar de casais! Do nada você está sobrando! 

Muitos acreditam que nunca passaram por um conflito como estes! Porque estas coisas aconteçam só com os outros.....Outra crença é a de quem passa por um divórcio é porque fez algo errado!Por favor, ninguém deseja que um relacionamento termine em guerra!  E ninguém pede o divórcio pensando que irá enfrentar um dos piores momentos de sua vida!

Quando a pessoa escolhe pelo divórcio há esperança de que tudo melhorará! A maioria entra no barco do divórcio com a ilusão de que o divórcio é o caminho para a felicidade. Ufaaaa me livrei! Mas.... só lamento o divórcio não é um caminho feliz e fácil! É necessário estar mentalmente preparado para isto, senão o barco vai afundar e você irá sim se afogar. 

Então como lidar com o que ninguém diz :

1. Primeira coisa, se você está pensando em enfrentar um divórcio busque informação! Questione, resolva suas dúvidas e enfrente! Olhe para este processo com realidade e não com achismo. Não dê um passo no escuro. Arme-se de conhecimento! No mínimo você deve saber o que é o divórcio e o que você pode esperar dele! Se você ler algo negativo ou ruim sobre o divórcio não jogue em um canto achando que nada disto acontecerá! Guarde a informação e reflita! 

2. Durante o divórcio muitas pessoas irão te evitar. Ninguém quer ser envolver em brigas e desentendimentos, até mesmo os seus melhores amigos! Deixe eles! Concentre-se nas pessoas que estão lhe dando apoio neste período de dor. Este será um uso produtivo de seu tempo. Quem te deu as costas não importa mais! Siga em frente. 

3.O divórcio significa experimentar a perda,  tratamos da morte de seu casamento. Você deve aprender se adaptar e ajustar a este novo momento de sua vida, assim, poderá lamentar o fim de forma saudável. Se permita sentir a perda. Faça o luto. Há mais de 30 milhões de artigos e livros disponíveis para aqueles que estão lidando com a dor do divórcio. Encontre um artigo ou livro que lhe traga conforto, participe de um grupo de apoio. (Em minha página do facebock (Martína Mädche) já temos um para mulheres em breve teremos um para os homens, já que são dores e conflitos diferentes para cada um.) A chave é a admitir a sua vulnerabilidade e estar disposto a se ajudar e pedir ajuda quando necessário.

4.Sim, tudo pode  estar uma "merda". Você pode estar se sentindo, vulnerável, franco, inclusive traído. Toda perda gera sensação de traição! O divórcio tem o poder de nos deixar de cabeça para baixo. Nossas convicções são todas derrubadas. Você tem que redefinir quem você é e o que você quer da vida. Nesta hora abrace a dor e saiba você ganhou a possibilidade de um novo começo. Procure fazer as alterações necessárias, busque se conhecer. O autoconhecimento fará você sair desta crise existencial!

5. Nenhum advogado  pode dizer quanto tempo seu processo de divórcio durará. Existem orientações legais, mas se não houver um acordo, não há previsão! Então, caso seja instaurado um processo litigioso se prepare! Você terá que ter um advogado acessível, além disto estude, conheça seja pró-ativo, pois a justiça é lenta! E saiba o processo não vai encerrar a briga!

Por fim com já disse, o divórcio não é nenhum passeio no parque. O divórcio não é o fim do conflito. O divórcio não é o caminho para a felicidade. O divórcio põe fim ao casamento mas também coloca em jogo muitas, muitas outras questões que podem ser estressantes. Esteja preparado!

Boa sorte,
Estas páginas são elaboradas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo do face: Separei e Agora? - Apoio para mulheres separadas!
Para homens: em breve