sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Guarda Compartilhada, respostas informais para o dia a dia!

O que é guarda compartilhada?
A Guarda compartilhada consiste basicamente na possibilidade dos pais e mães dividirem a responsabilidade legal sobre os filhos.
O é responsabilidade legal? 
Ambos são responsáveis nas obrigações previstas em lei, como cuidar do bem estar da criança, dar estudos adequados, dar carinho, alimentar, ou seja, todos as necessidades básicas são atendidas por ambos. Ao mesmo tempo, compartilham as obrigações pelas decisões importantes relativas à criança como por exemplo, ambos decidem qual escola frequentar, quais médicos serão responsáveis pelo atendimento da criança etc!

O que difere da Guarda Unilateral? Na guarda unilateral, um dos pais é responsável por tudo. Não tendo o outro qualquer ingerência.

Como o Juiz Decide? 
Pela nova lei da guarda compartilhada, hoje, o juiz pode decidir pela guarda compartilhada independentemente da vontade dos pais, mesmo que um dos dois não concorde com ela. Vai prevalecer o que o juiz entender como o melhor para a criança.

Moradia como fica? 
As crianças irão morar onde for definido em acordo pelos pais e por elas, como ocorre hoje. Podem inclusive morar com um deles e passar o fim de semana na casa de outro. Ou ter dois hábitats (casas), um na casa da mãe e outro na casa do pai. Não é o lugar da moradia das crianças que define ou não a guarda compartilhada.
E a pensão?
Pagamento da pensão alimentícia como fica na guarda compartilhada? Mesmo que a guarda compartilhada seja adotada, um dos cônjuges pode submeter ao juiz um pedido de pensão. Como ocorre até hoje, o juiz irá avaliar o pedido, levando em conta as condições econômicas e sociais de cada um e as circunstâncias envolvidas. A guarda compartilhada não é determinada por questões econômicas ou financeiras, mas principalmente pelas condições de pai e mãe divorciados de assumirem, em igualdade, responsabilidades e decisões.

O valor da pensão os valores, bem como quem será o responsável por seu pagamento, serão definidos com base nas necessidades da criança e nas condições dos pais. Essa é uma decisão que não deve depender de com quem a criança vai ficar, mas, mais uma vez, deve prevalecer o bem-estar da criança e o diálogo e acordo entre os pais.

Na prática?
O que vem acontecendo na prática é que um dos pais fica com visitação livre, ou seja quando ele quer ver a crianças devem combinar. Além disto, poderá ficar com os filhos nos fim de semanas de 15 em 15 dias. Nesta situação, vejo que aquele que fica sem as crianças no dia a dia reassume sua vida, e acaba se desvinculando um pouco. As crianças também se desvinculam e a convivência vai diminuindo. O que gera um sobrecarregamento do cônjuge que ficou com os filhos na maior parte do tempo. 
As crianças acabam entrando neste esquema e se acostumam com isto. O maior problema para as crianças é vivenciar discussões, brigas e alienação parental. Mas quanto a estas questões práticas elas se adaptam.

Também acompanho casais que fizeram 2 moradias, as crianças ficam 4 dias na casa de um depois 3 dias na casa do outro alternadamente. Na minha opinião isto também não serve, já que as crianças viram mochileiros. Sendo que para funcionar ambos os pais teriam que manter as mesmas rotinas, pois a indisciplina, falta de rotina geram insegurança para a criança. Na pratica percebo que as crianças que vivem neste regime, acabam sofrendo mais pela ausência de rotina, em ambas as casas! 
Hoje em dia, não temos uma solução adequada para este problema, somente na prática a família poderá ser "(re)construída". Os pais que estão separados terão que passar por cima de suas dores e esquecer o passado, zerando as mágoas. Há necessidade de reconstruir o diálogo, para então se relacionar pelo bem dos filhos! Megaaa difícil, mas possível. Por isto defendo o trabalho de um coach ou mediador, para que a família possar ir se ajustando, até adequar o novo modo de viver, sendo que agora a única coisa que deve prevalecer é o melhor interesse dos filhos! 

Estas páginas são elaboradas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo do face: Separei e Agora? - Apoio para mulheres separadas!

Para homens: em breve

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Separei e Agora? - Grupo de Apoio para Mulheres!

Olá, 
Passei rapidinho para informar que criei um grupo no facebock Separei, e Agora?
Primeiramente, será um grupo só para as mulheres, pois o grupo de apoio para homens será ainda montado! Estou fazendo esta divisão, pois ao estudar as dores da separação percebi que eram diferentes. Acredito que separando poderei fazer post mais personalizados para as dores de cada um. 
https://www.facebook.com/groups/1668060980144876/

O grupo será fechado, portanto, o que for publicado não terá visualização pública somente para os membros do grupo.
Qual a missão deste grupo?
Primeira coisa, acredito que todas que estão ali, estão "no mesmo barco".
Quando enfrentamos uma crise em conjunto é sempre mais fácil a sua superação. Também, quando compartilhamos nossas histórias ou nossas dores podemos observar que nem sempre estamos na pior situação. Quando você, participa de um grupo ou comunidade você se reanima e passa a participar no trabalho de salvação dos demais participantes. 
Ao compartilhar minha dor, também, percebo que ela pode ser mais comum do que a gente imagina, e, portanto, não há necessidade de se sentir culpada ou envergonhada. Normalmente, quando há uma separação, há um  luto, muita tristeza relativos as perdas e as privações são intensas, mas ao compartilhar a dor diminui. 
Outra questão é que a separação, normalmente, traz um sentimento de vergonha. Por causa deste quadro todo que chamo de crise perdemos muitas vezes a nossa capacidade de dar continuidade às nossas obrigações mundanas e cotidianas. 
Este grupo irá ajudar você a sair da crise e voltar para sua vida plena! Seja bem vinda para o caminho de uma nova vida!
Para participar do grupo segue é só clicar no link; 
https://www.facebook.com/groups/1668060980144876/
Quero Paricipar do Grupo Separei e Agora?
Abraço Martina

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Vida real da maternidade solo! A vida de uma mãe solteira!

Temos que divulgar informações sobre a vida das mãe solteiras, é  uma triste realidade pela qual muitas famílias passam. É lamentável que nos dia de hoje ainda exista uma realidade como está! 

Vou contar uma historinha para vocês entenderem como funciona a vida real da maternidade solo (na esmagadora maioria desses casos):

Papai e Mamãe fizeram um Bebê.
Papai e Mamãe ficaram desempregados.
Papai e Mamãe se separam porque não se gostam mais.
Mamãe fica com o Bebê, que ainda é muito pequenino e depende dos seus cuidados.
Papai vai embora e dá notícias quando tem tempo.
Mamãe pergunta quando o Papai vem visitar e ele diz que não quer voltar porque está muito confuso. Mamãe explica que não quer que ele volte, apenas precisa que ele ajude com o Bebê. Precisam ver como vão fazer com as contas da casa que ficaram pra ela resolver, com a Creche/Babá para o Bebê, e como vão levar aquela situação - como ele vai poder ajudar.
Papai diz que não quer voltar pra ela, que ele está muito confuso. 
Papai pede para Mamãe parar de incomodar.
Mamãe se cansa de tentar explicar que não quer ele de volta, apenas quer ajuda com o Bebê que eles fizeram juntos.
Mamãe está sem dinheiro mas acha que o Papai também.
Papai vai viajar.
Papai sai com os amigos.
Papai não manda dinheiro.
As contas começam a vencer e o nome da Mamãe começa a sujar.
Mamãe começa a procurar um emprego.
Mamãe deixa o Bebê com uma Babá porque ele ainda não pode entrar na Creche.
As Conhecidas de Mamãe dizem que ela é louca por deixar o Bebê com alguém que ela mal conhece - mas o Familiares da Mamãe também trabalham.
As Conhecidas não querem cuidar do Bebê, mas dizem que ela é louca.
A Mamãe começa a frequentar entrevistas:
"Ah, você tem filho?" 
"Ah, você é Mãe Solteira?"
"Ah, ele só tem X meses/anos"
"Com quem ele fica?"
"Tem outra pessoa para ir buscá-lo em uma emergência"
"Que horas ele entra/sai da Creche/Babá?"
"Como você vai fazer para levá-lo/buscá-lo?"
"Quem vai ficar com ele nos finais de semana/feriados?"
"Ah, você ainda está amamentando?"
A Mamãe achava que em 2015 não existia mais preconceito. Mamãe começa a perceber que nenhum preconceito existe - até você ser alvo dele.
Finalmente uma chefe que também é Mamãe Solteira, se solidariza e contrata a Mamãe.
O Bebê já está com idade pra ir para Creche mas não tem vaga na pública.
Mamãe consegue dinheiro emprestado para pagar uma Creche particular que deu um descontinho para cuidar do Bebê.
Mamãe começa a trabalhar 8h por dia.
Nos finais de semana o Bebê fica com os Avós para a Mamãe poder trabalhar.
As conhecidas da Mamãe, dizem que ela é uma péssima mãe pois está terceirizando a educação do Bebê.
Quando chega em casa, a Mamãe cuida do Bebê, da casa, das roupas, das contas, da comida.
Mamãe monta a lancheira do Bebê, vai no supermercado, compra remédio - porque agora o Bebê começou a ficar doente por causa do primeiro ano da Creche - ele ainda está construindo sua imunidade.
O Papai aparece de vez em quando, diz que não tem dinheiro, que ainda não arrumou emprego porque está muito difícil pra ele. Mas diz que ama muito o Bebê e que está sofrendo muito com essa situação.
Mamãe acorda a noite inteira. Nunca dorme e quando dorme acorda a cada 40 minutos.
São os dentinhos do Bebê. 
Mamãe mesmo assim trabalha 8h por dia e "terceiriza" a educação do Bebê.
Mesmo assim tem que pegar dinheiro emprestado. Mamãe chega a pensar em se prostituir, para dar conta de tudo.
Mamãe não pode se prostituir porque se não ela perde a guarda do Bebê.
A Mamãe começa a faltar do trabalho primeiro porque o Bebê pegou conjuntivite e depois porque pegou todas as viroses disponíveis no mercado.
Os Familiares da Mamãe trabalham então ela falta do trabalho para cuidar do Bebê.
Mamãe sempre entrega todos os atestados, mas mesmo assim a Mamãe é mandada embora do trabalho.
Mamãe liga pra pedir dinheiro pro Papai e ele diz que não tem e que não adianta ela insistir que ele não quer voltar.
Mamãe diz que não quer que ele volte e explica que nesse momento ele precisa muito arrumar um emprego porque ela está na função do Bebê e por isso tem sido difícil manter o emprego.
Papai diz que não quer voltar.
Mamãe desiste - é muito cansativo ter que ficar explicando, pedindo, implorando pra que ele cumpra as obrigações dele com o Bebê.
Mamãe já tem as dela para cumprir e as dele - já que ele não as cumpre.
Mas Papai sempre visita.
Pega o Bebê limpinho, saudável, alimentado.
Pega a bolsa do Bebê com as fraldinhas dele, a mamadeira com o leitinho, roupinhas para troca e alguns brinquedinhos.
Leva a lancheirinha cheia e devolve vazia. A roupa limpa e devolve suja.
O Papai posta fotinhos da visita no Facebook e os conhecidos e familiares dele comentam "Que Paizão!!!".
O Papai não sabe nem a série que o Bebê está.
As Conhecidas da Mamãe acham que ela é vagabunda, que não trabalha porque ela se apoia na pensão que o Papai manda.
A família do Papai também acha que ela compra bolsas Chanel com aqueles 30% de salário mínimo que o Papai manda todo mês.
A pensão que o Papai manda é pouquinha porque a Justiça entende que ele está desempregado e não tem dinheiro para pagar os custos do Bebê.
A Mamãe também não pode arcar com os custos do Bebê, mas também não pode deixar um Bebê passar necessidade. Além do que, isso é crime.
Os Conhecidos da Mamãe dizem que ela devia ter pensado nisso antes de abrir as pernas.
A Mamãe come miojo, arroz puro, batata - não faz nunca mistura - pra sobrar mais dinheiro pro leitinho do Bebê.
O Papai assiste a TV e continua mandando currículos pela internet - está muito difícil conseguir um emprego.
Os Familiares do Papai dizem no Facebook que estão todos sofrendo muito porque a Mamãe não deixa eles verem o Bebê.
Eles nunca falaram com a Mamãe.
O Papai também diz que não vê mais o Bebê porque a Mamãe não deixa, mas de vez em quando falta das visitas e a Mamãe fica brava porque ele não avisou - ela e o Bebê ficaram esperando, conforme manda a Justiça.
Quando ela liga reclamando, o Papai diz pra namorada nova dele, que a Mamãe tem muito ciúmes e que não aceita o fato dele ter seguido com a vida dele e ela não.
A Mamãe sente pena das futuras namoradas dele. 
A Mamãe reclama do Papai pra Conhecidos porque está sobrecarregada, mas eles dizem que a culpa é dela, porque ela não escolheu alguém melhor para engravidar.
Mamãe tomava anticoncepcional quando engravidou. Os Conhecidos dizem que ela tomava errado porque anticoncepcionais nunca falham.
A Família do Papai acha que ela engravidou de propósito.
Mamãe não tem muitos amigos porque a maioria das mamães que conhece são casadas e preferem sair com outras mamães casadas.
Também não costuma sair porque não tem com quem deixar o Bebê. Quando tem, os Conhecidos dizem que ela é uma vadia que só pensa em correr atrás de homem ao invés de cuidar do Bebê.
Os Homens acham que a Mamãe está em busca de um novo Papai para o Bebê e sempre se afastam.
A Mamãe acha que um único Papai já é trabalho o suficiente na vida dela.
Um Amigo da Mamãe disse que prefere Mães Solteiras porque elas são alvos fáceis, estão sempre carentes.
Mamãe descobre que o Papai está ganhando dinheiro e pede para ele aumentar a Pensão.
Ele diz que não quer voltar.
Os Conhecidos chamam ela de aproveitadora.
O Papai se acha um grande pai porque assina a mini pensão e visita sempre que pode. Reclama quando a Mamãe pede alguma coisa - ele acha que já está fazendo demais.
Mal sabe o Papai que ele não cumpre com as suas obrigações.
Mas a Mamãe desencana porque já está calejada. 
Decide que vai mesmo assumir tudo sozinha daqui pra frente - trabalha, cuida do Bebê, da casa e não sai.
Depois de apanhar muito, de chorar por horas intermináveis sozinha no banheiro, Mamãe pegou o jeito da maternidade solo.
Papai diz que ela finalmente parou de correr atrás dele - até porque, ele não quer voltar.

*Essa é uma história fictícia, baseada nos inúmeros relatos de Mães Solteiras portanto, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Texto via Mãe no Divã
Compartilhado por Martína Mädche
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Para homens: em breve

Vida real da maternidade solo! A vida de uma mãe solteira!

Temos que divulgar informações sobre a vida das mãe solteiras, é  uma triste realidade pela qual muitas famílias passam. É lamentável que nos dia de hoje ainda exista uma realidade como está! 



Vou contar uma historinha para vocês entenderem como funciona a vida real da maternidade solo (na esmagadora maioria desses casos):

Papai e Mamãe fizeram um Bebê.
Papai e Mamãe ficaram desempregados.
Papai e Mamãe se separam porque não se gostam mais.
Mamãe fica com o Bebê, que ainda é muito pequenino e depende dos seus cuidados.
Papai vai embora e dá notícias quando tem tempo.
Mamãe pergunta quando o Papai vem visitar e ele diz que não quer voltar porque está muito confuso. Mamãe explica que não quer que ele volte, apenas precisa que ele ajude com o Bebê. Precisam ver como vão fazer com as contas da casa que ficaram pra ela resolver, com a Creche/Babá para o Bebê, e como vão levar aquela situação - como ele vai poder ajudar.
Papai diz que não quer voltar pra ela, que ele está muito confuso. 
Papai pede para Mamãe parar de incomodar.
Mamãe se cansa de tentar explicar que não quer ele de volta, apenas quer ajuda com o Bebê que eles fizeram juntos.
Mamãe está sem dinheiro mas acha que o Papai também.
Papai vai viajar.
Papai sai com os amigos.
Papai não manda dinheiro.
As contas começam a vencer e o nome da Mamãe começa a sujar.
Mamãe começa a procurar um emprego.
Mamãe deixa o Bebê com uma Babá porque ele ainda não pode entrar na Creche.
As Conhecidas de Mamãe dizem que ela é louca por deixar o Bebê com alguém que ela mal conhece - mas o Familiares da Mamãe também trabalham.
As Conhecidas não querem cuidar do Bebê, mas dizem que ela é louca.
A Mamãe começa a frequentar entrevistas:
"Ah, você tem filho?" 
"Ah, você é Mãe Solteira?"
"Ah, ele só tem X meses/anos"
"Com quem ele fica?"
"Tem outra pessoa para ir buscá-lo em uma emergência"
"Que horas ele entra/sai da Creche/Babá?"
"Como você vai fazer para levá-lo/buscá-lo?"
"Quem vai ficar com ele nos finais de semana/feriados?"
"Ah, você ainda está amamentando?"
A Mamãe achava que em 2015 não existia mais preconceito. Mamãe começa a perceber que nenhum preconceito existe - até você ser alvo dele.
Finalmente uma chefe que também é Mamãe Solteira, se solidariza e contrata a Mamãe.
O Bebê já está com idade pra ir para Creche mas não tem vaga na pública.
Mamãe consegue dinheiro emprestado para pagar uma Creche particular que deu um descontinho para cuidar do Bebê.
Mamãe começa a trabalhar 8h por dia.
Nos finais de semana o Bebê fica com os Avós para a Mamãe poder trabalhar.
As conhecidas da Mamãe, dizem que ela é uma péssima mãe pois está terceirizando a educação do Bebê.
Quando chega em casa, a Mamãe cuida do Bebê, da casa, das roupas, das contas, da comida.
Mamãe monta a lancheira do Bebê, vai no supermercado, compra remédio - porque agora o Bebê começou a ficar doente por causa do primeiro ano da Creche - ele ainda está construindo sua imunidade.
O Papai aparece de vez em quando, diz que não tem dinheiro, que ainda não arrumou emprego porque está muito difícil pra ele. Mas diz que ama muito o Bebê e que está sofrendo muito com essa situação.
Mamãe acorda a noite inteira. Nunca dorme e quando dorme acorda a cada 40 minutos.
São os dentinhos do Bebê. 
Mamãe mesmo assim trabalha 8h por dia e "terceiriza" a educação do Bebê.
Mesmo assim tem que pegar dinheiro emprestado. Mamãe chega a pensar em se prostituir, para dar conta de tudo.
Mamãe não pode se prostituir porque se não ela perde a guarda do Bebê.
A Mamãe começa a faltar do trabalho primeiro porque o Bebê pegou conjuntivite e depois porque pegou todas as viroses disponíveis no mercado.
Os Familiares da Mamãe trabalham então ela falta do trabalho para cuidar do Bebê.
Mamãe sempre entrega todos os atestados, mas mesmo assim a Mamãe é mandada embora do trabalho.
Mamãe liga pra pedir dinheiro pro Papai e ele diz que não tem e que não adianta ela insistir que ele não quer voltar.
Mamãe diz que não quer que ele volte e explica que nesse momento ele precisa muito arrumar um emprego porque ela está na função do Bebê e por isso tem sido difícil manter o emprego.
Papai diz que não quer voltar.
Mamãe desiste - é muito cansativo ter que ficar explicando, pedindo, implorando pra que ele cumpra as obrigações dele com o Bebê.
Mamãe já tem as dela para cumprir e as dele - já que ele não as cumpre.
Mas Papai sempre visita.
Pega o Bebê limpinho, saudável, alimentado.
Pega a bolsa do Bebê com as fraldinhas dele, a mamadeira com o leitinho, roupinhas para troca e alguns brinquedinhos.
Leva a lancheirinha cheia e devolve vazia. A roupa limpa e devolve suja.
O Papai posta fotinhos da visita no Facebook e os conhecidos e familiares dele comentam "Que Paizão!!!".
O Papai não sabe nem a série que o Bebê está.
As Conhecidas da Mamãe acham que ela é vagabunda, que não trabalha porque ela se apoia na pensão que o Papai manda.
A família do Papai também acha que ela compra bolsas Chanel com aqueles 30% de salário mínimo que o Papai manda todo mês.
A pensão que o Papai manda é pouquinha porque a Justiça entende que ele está desempregado e não tem dinheiro para pagar os custos do Bebê.
A Mamãe também não pode arcar com os custos do Bebê, mas também não pode deixar um Bebê passar necessidade. Além do que, isso é crime.
Os Conhecidos da Mamãe dizem que ela devia ter pensado nisso antes de abrir as pernas.
A Mamãe come miojo, arroz puro, batata - não faz nunca mistura - pra sobrar mais dinheiro pro leitinho do Bebê.
O Papai assiste a TV e continua mandando currículos pela internet - está muito difícil conseguir um emprego.
Os Familiares do Papai dizem no Facebook que estão todos sofrendo muito porque a Mamãe não deixa eles verem o Bebê.
Eles nunca falaram com a Mamãe.
O Papai também diz que não vê mais o Bebê porque a Mamãe não deixa, mas de vez em quando falta das visitas e a Mamãe fica brava porque ele não avisou - ela e o Bebê ficaram esperando, conforme manda a Justiça.
Quando ela liga reclamando, o Papai diz pra namorada nova dele, que a Mamãe tem muito ciúmes e que não aceita o fato dele ter seguido com a vida dele e ela não.
A Mamãe sente pena das futuras namoradas dele. 
A Mamãe reclama do Papai pra Conhecidos porque está sobrecarregada, mas eles dizem que a culpa é dela, porque ela não escolheu alguém melhor para engravidar.
Mamãe tomava anticoncepcional quando engravidou. Os Conhecidos dizem que ela tomava errado porque anticoncepcionais nunca falham.
A Família do Papai acha que ela engravidou de propósito.
Mamãe não tem muitos amigos porque a maioria das mamães que conhece são casadas e preferem sair com outras mamães casadas.
Também não costuma sair porque não tem com quem deixar o Bebê. Quando tem, os Conhecidos dizem que ela é uma vadia que só pensa em correr atrás de homem ao invés de cuidar do Bebê.
Os Homens acham que a Mamãe está em busca de um novo Papai para o Bebê e sempre se afastam.
A Mamãe acha que um único Papai já é trabalho o suficiente na vida dela.
Um Amigo da Mamãe disse que prefere Mães Solteiras porque elas são alvos fáceis, estão sempre carentes.
Mamãe descobre que o Papai está ganhando dinheiro e pede para ele aumentar a Pensão.
Ele diz que não quer voltar.
Os Conhecidos chamam ela de aproveitadora.
O Papai se acha um grande pai porque assina a mini pensão e visita sempre que pode. Reclama quando a Mamãe pede alguma coisa - ele acha que já está fazendo demais.
Mal sabe o Papai que ele não cumpre com as suas obrigações.
Mas a Mamãe desencana porque já está calejada. 
Decide que vai mesmo assumir tudo sozinha daqui pra frente - trabalha, cuida do Bebê, da casa e não sai.
Depois de apanhar muito, de chorar por horas intermináveis sozinha no banheiro, Mamãe pegou o jeito da maternidade solo.
Papai diz que ela finalmente parou de correr atrás dele - até porque, ele não quer voltar.

*Essa é uma história fictícia, baseada nos inúmeros relatos de Mães Solteiras portanto, qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Texto via Mãe no Divã

Compatilhado por Martína Mädche

sábado, 3 de outubro de 2015

O que acontece quando atuo no papel do outro?

Meu nome é martina madche, sou advogada na área de família e bancária. Hoje também atuo com empoderamento pessoal orientando famílias a enfrentarem seus momentos de crise!

O que percebi ao atuar como advogada é que não se resolviam as questões dos meus clientes apenas via judicial. Quando o cliente chegava no escritório este já sofria problemas pessoais, emocionais e espirituais graves, pois a crise já estava instalada na sua vida.

Dentro desta percepção procurei estudar ferramentas da psicologia e de coaching, pois percebia que resolver o problema pontual jurídico não era suficiente para meu cliente. Eles retornavam com novos problemas! Assim, resolvi estudar e ir além do direito. Neste canal compartilho um pouco de minha experiência pessoal como advogada!

Ontem coloquei um artigo no meu blog sobre direitos do pai na hora da separação! Como havia esperado este assunto gerou desconforto! Então decidi falar sobre como uma pessoa interfere na vida da outra ao atuar fora de seu papel!

Quando nos separamos estamos vivendo uma fase bastante tumultuada, onde as emoções estão a flor da pele. Muitas vezes sentimos raiva, tristeza, decepção medo..., enfim muita emoções negativas estão presentes.

O que defendi em meu artigo é que o papel de um pai não deixa de existir com a ruptura do casamento! O Pai não precisa de uma ORDEM JUDICIAL para exercer o seu papel de pai.

Sei que na separação transferimos a raiva e frustração para o outro! Temos que iniciar uma vida nova agora sem parceiros e para alguns longe dos filhos. Muitas vezes há uma quebra de confiança na hora da separação! Então passa a existir o medo entre o ex casal. Mas pai é pai e ele deve manter uma relação saudável com seu filho!

Para mim a palavra crise é representada pela imagem de um trem desgovernando! Você perde o seu caminho e precisa encontrá-lo novamente para prosseguir. Suas emoções estão em ebulição! Muitas vezes não sabemos o que fazer? Este é meu trabalho, orientar as famílias para saírem da crise! 

Nesta nova conjuntura temos que construir uma nova forma de se relacionar. Sendo que neste momento corremos o risco de atuar fora do nosso papel! Ficamos perdidos, no meu artigo busquei lembrar aos pais que estes permanecem com seu papel de pai mesmo após a separação!

Mas este artigo é para falar sobre os nossos papéis na vida! E o que ocorre quando agimos no lugar do outro!
A primeira coisa que posso alertar é que você quando atua no lugar do outro está invadindo o espaço alheio, inclusive energético, sendo que isto gera uma carga negativa para ambos!

Fora isto, quando você age pelo outro você interfere na evolução espiritual de ambos!

Outra consequência é que você pode estar influenciando negativamente a relação de seu filho com o seu ex, quando isto é comprovado pode inclusive gerar um processo de alienação parental.

Portanto, quando você interfere e age fora do seu papel de mãe, assumindo deveres e obrigações do pai. Você passa a assumir uma energia negativa! Esta passa a ser uma carga para você, nesta hora as pessoas passam a se encolher, a ter uma postura mais curvada. O desânimo passa a tomar conta!

Como consequência da incoerência surgem cada vez mais problemas em sua vida. Você engorda, passa a ter instabilidade emocional, baixa autoestima, surge o medo e a depressão... entre outras complicações. Você passa a perder cada vez mais o equilíbrio! Lembrando que toda vez que temos um desequilíbrio temos mais e mais problemas a vista!

Ao agir fora do nosso papel passamos a assumir uma responsabilidade que não é nossa! E portanto, você assume a carga do outro. Você passa a se sobrecarregar e fica cada vez mais pesada incapacitada. Esta estagnação faz com que não evolua mais!

Atuando em nosso trilho estamos agindo dentro de nossas obrigações e direitos e portanto há uma coerência e equilíbrio, logo seguimos em frente com nossa evolução.

O que significa quando você fala uma coisa e faz outra? Quando você diz sim querendo dizer não? Quando você vive uma vida que não é sua?

Há um erro de posicionamento. Quando você age assim você está trazendo emoção e cargas negativas para sua vida! Você está com medo de desagradar? Você tem medo de machucar o outro? De decepcionar? Você tem raiva? Quer punir o outro para lhe dar uma lição! Alias, que te dá o direito de invadir o espaço do outro? Enfim, há muitas emoções negativas influenciando o seu agir! Você está acumulando carga e causando desequilíbrio para todos. Como mudar isto?

Analise o que está por trás da sua atitude! É nisto que tens que trabalhar! Quando você tem medo de lidar com a emoção ou situação você deve olhar para si! Como você vai assumir uma responsabilidade pelas emoções e ações do outro! Como você pode achar que sabe o que o outro deve sentir ou fazer? Não cabe a você controlar o mundo!

Ahhhh Martina mas ele não é um bom pai! Ele não cuida direito! Ok mas é o pai que você e seu filho escolheram! Este pai está ensinando algo para seu filho. E seu filho veio aprender algo com este pai. Eles precisam agir dentro de seus papéis!

Pode ser que em algum momento você esteja correta, mas acredite muitas vezes não esta! Cada um tem a sua responsabilidade e obrigação devendo assumir a suas consequências!

Como faço para saber o meu papel e se estou agindo dentro dele? A primeira coisa para se fazer é perguntar!

Estou no meu papel? Você tem que se ouvir!

Quando eu atuo dentro do meu papel eu crio força interior! Eu volto para meu trilho e então passo a organizar a minha vida! Ela passa a andar de forma coerente e equilibrada. Para ter uma vida feliz e próspera é preciso cultivar hábitos de coesão. A coesão é um dos princípios chaves para se ter uma vida plena.

Portanto, o primeiro passo é se respeitar e respeitar o espaço de cada um. Acredite! Isto vai colocar sua vida novamente dentro dos trilhos!

Ok então para andar nos trilhos o que devo fazer? Faça o que tiver que ser feito! Assuma a responsabilidade sobre o que sente sobre suas emoções e viva com respeito e coesão! Siga sua intuição! Escute a sua voz interior!

Estas páginas são elaboradas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
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Para homens: em breve

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Meus direitos de Pai como ficam? - Me separei e agora?


Como todos sabem a separação é um momento bem delicado! É uma fase de insegurança para todos já que é necessário elaborar uma nova rotina! Toda vez que enfrentamos algo novo, inevitavelmente o medo bate na nossa parte. Este artigo foi elaborado para ajudar os PAIS, que estão enfrentando esta nova fase.

De acordo com meus estudos, o costume nacional ainda é deixar os filhos com as mães, o que deve deixar os pais um tanto incomodados! Hoje, está havendo um movimento que busca dar maior participação dos pais na vida de seus filhos, através da Lei da Guarda Compartilhada. Entretanto, mesmo existindo a lei, não há garantia de um convício igualitário!

Mesmo com a garantia da guarda compartilhada, na hora de firmar o acordo ou dar a sentença o juiz irá escolher onde será a residências. Somente, quando houver um acordo de guarda alternada, na qual a criança mora alguns dias com o pai e outros com a mãe, por exemplo sete dias com um e depois 7 com o outro, esta terá a residência fixada em ambos os lugares, ou seja a crianças reside na casa da mãe e do pai!

Pelas pesquisas de julgado que tenho feito, em todo o Brasil, na maioria dos casos os filhos acabam morando com a mãe (ex-mulher), ou seja a gurda fica com a genitorasendo a casa dela sua residência.

Assim sendo, as crianças passarão a morar com a ex-mulher que terá a responsabilidade sobre a rotina diária dos filhos. Muitos pais que se encontram nessa situação acreditam que tudo o que lhes resta fazer é conformar-se em manter apenas o direito de visitar as crianças, nos horários e nas condições previamente estipulados durante a separação. Mas a realidade não é bem assim.

O papel de um pai separado ou divorciado não precisa – e não deve – se restringir ao de um mero visitante, de uma presença irrelevante na vida dos filhos. Afinal, mesmo que a guarda das crianças tenha ficado com a ex-mulher, isso não significa, de forma alguma, que ele tenha perdido seu poder familiar.

Para os juristas o direito de visita foi criado para garantir à criança seu pleno desenvolvimento físico e psíquico através do convívio com ambos os pais. Através dele, também, se evitaria a ruptura dos laços de afetividade que devem ou deveriam haver dentro do seio familiar. “

Portanto, o direito de visitação é primeiramente, um direito da criança! Vou repetir, para reforçar! O direito é da criança! Não deixando também, de ser um direito assegurado ao pai ou à mãe de conviver com o filho para reforçao vínculo paterno e materno”.

Quanto a questões legais, pode-se dizer que a regulamentação do direito de visita pode ser determinada amigavelmente pelos pais no ato da separação judicial, ou caso não haja acordo, será discutido em um processo próprio! Sempre haverá a necessidade da contratação de um advogado ou defensor público!.

Voltando a questão da paternidade, venho lembrar também que para cada direito há também uma responsabilidade/obrigação, ou seja, assim como o pai deve ter seus direitos garantidos ele não pode esquecer que com eles nascem também obrigações que não sessão durante a separação! 

Para exercer seus direitos e obrigações não precisa de uma ORDEM JUDICIAL, ou seja, quando seu filho nasce, nasce também esse binômio direito/obrigação todos previstos e garantidos pela lei em especial, Constituição Federal !

Portanto, posso dizer que enquanto não houver uma decisão judicial em contrário, os seus direitos como pai e como mãe estão garantidos! Passo aqui então a exemplificar alguns:

Esteja presente na vida de seus filhos, ou seja, envolva-se, interaja passe o máximo de tempo possível com eles;
  • Ame e nutra seus filhos;
  • Decida onde seus filhos vão viver;
  • Participe do máximo que puder, vá na escola, no jogo de futebol ou balet; leve eles na casa dos amigos, almoce ou jante com eles....
  • Conheça a escola, participe das reuniões e avaliações
  • Veja os registros médicos de seus filhos;
  • Assista e participe das atividades extra-curriculares;
  • Cuide dos seus filhos, tenha um controle sobre a sua vida, saiba onde estão e com quem! Saiba o que acontece na vida deles!
  • Participe da escolha da escola será pública ou privada...;
  • Qual a fé de seus filhos? Que práticas religiosas eles frequentam?;
  • Determine os médicos de seus filhos, dentista, e tratamento médico;
  • Siga suas próprias crenças e estilo sem a interferência do outro progenitor;
  • Oriente e disciplinar seus filhos; e,
  • Decida o que é melhor para seus filhos.
Como um pai e uma mãe, você tem a responsabilidade de:
  • Apoiar os seus filhos;
  • Forneça também seus alimentos, abrigo e vestuário;
  • Veja qual o tratamento médico adequado;
  • Proporcione o acesso a uma boa escola; além de participar da vida escolar;
  • Você tem obrigação de protegê-los de danos e negligência;
  • Fomente um relacionamento saudável com o outro progenitor;e
  • Dê-lhes todo o amor, carinho e incentivo que você puder.
  • Fique em contato com seu filho.
  • Faça tudo que está ao seu alcance para manter os seus problemas conjugais e sentimentais com seu ex-cônjuge longe das crianças eles não pode e devem impactar negativamente no seu filho.
  • Se comporte de uma forma que aumente a confiança da criança em você, para isto mostre que sempre colocará seu filho em primeiro lugar;

Portanto, venho lembrar que os seus direitos, antes e durante o seu divórcio são os mesmos que os da mãe de seu filho. Você tem o direito de permanecer na casa que você compartilha com seus filhos. Você tem o direito de se recusar a sair da casa. 

A maioria dos homens, quando confrontado pela esposa que quer o divórcio têm pouco conhecimento dos seus direitos. Apesar do desejo pela separação, o seu direito de pai de seus filhos é constitucionalmente protegido.


Ao terminar o processo de divórcio, que deverá acordar sobre como se dará a guarda, visitação e/ou apoio financeiro (pensão) da criança você é responsável por continuar a amar e ser presente na vida deus filhos. Amar seus filhos significa que o bem-estar deles vem em primeiro lugar independente da sua situação.

Você tem o direito legal e ainda o dever moral de colocar o seu amor em uma posição que seus filhos estejam em primeiro lugar! Seus filhos são o seu maior bem! Você tem sim o direito a uma vida, à liberdade ao prazer enfim a ter a vida que quiser, desde que as necessidades das crianças estejam atendidas! 


Portanto, não seja um pai que está apenas preocupado direitos! Seja um pai responsável e ativo afetivamente!

Estas páginas são elaboradas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche
Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.com
Grupo do face: Separei e Agora? - Apoio para mulheres separadas!

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