sábado, 26 de abril de 2014

COMO NÃO SER UM PAI DE FIM DE SEMANA

Evitar ser pai/mãe de fim de semana



Sei que não é fácil seguir a vida após a separação. Temos nossas necessidades e dores para curar e em vários momentos seremos colocados a prova. Surgem problemas de relacionamento, disputas judiciais e problemas financeiros. As crianças se tornam mais agressivas e estressadas. Até tudo se encaixar temos que sobreviver a vários incidentes. Aqui fizemos uma lista de coisas que devem ser evitadas pelos pais. Sei o quanto é difícil manter o foco para colocar a lista na prática, pois são sentimentos que muitas vezes não podemos controlar. Somos colocados a prova a todo o tempo, ou seja estar separado pressupõe conviver com certas tensões, você tem vontade de ver os seus filhos e passar o maior tempo possível com eles, no entanto, este desejo é limitado pela própria situação.

Os estudos demonstram que as memórias que as crianças têm de quando são pequenas estão ligadas a maneira como como crescem, como se desenrolam as situações comuns, e não com aniversários extravagantes ou férias muito caras. São as situações do cotidiano, ou seja normais, que ficam na memória e que servirão de experiência.

Elaboramos dez conselhos para evitar ser um pai/ mãe de fim-de-semana:


• Participe na vida dos seus filhos. Lembre-se das comemorações de aniversário, acontecimentos significativos e de outras situações que sejam importantes para eles. Participe dos eventos escolares, acompanhe eles em suas atividades, como levar a natação, ao inglês etc

• Promova uma boa comunicação. Mostre-se disponível para conversar com eles sempre que precisem.

• Seja credível e constante; cumpra com suas promessas e compromissos. Se lhes disser “Amanhã vou te ligar”, telefone mesmo. Não deixe para outro dia.

• Passe tempo de qualidade com os seus filhos. Reserve parte do seu horário para eles. Lembre-se de que são os filhos que precisam de atenção e não os brinquedos que precisam da atenção dos seus filhos.

• Envie-lhes pequenos símbolos do seu amor e carinho, bilhetes, postais, cartões especialmente dedicados a eles, email's mensagens de texto. Faça-os sentir que pensa neles e de fato pense neles.

• Nunca agende atividades laborais ou de outro tipo nos períodos em que deve estar com eles. Por vezes as ocupações desviam-nos e não podemos cumprir com as promessas da visita. O tempo que passa com eles é a forma mais fácil de dizer-lhes que eles são a coisa mais importante do mundo.

• Pergunte-lhes o que querem fazer quando estão juntos. Inclua as necessidades deles nas suas visitas.

• Não lhes transfira os sentimentos de rancor ou de ressentimento para com o seu ex-cônjuge.

• Não comente com os seus filhos os prejuízos econômicos que lhe foram causados pelo divórcio do pai/ mãe deles. Mentalize-se de que o seu tempo com eles é precioso e de que eles não têm culpa da separação. Deve distanciá-los dos seus problemas.

• O seu filho é fruto do amor. Faça-o sentir que, ainda que os pais estejam separados, é amado. Ser um pai/ mãe carinhoso (a) implica persistência na repetição das atitudes. Torne os seus filhos responsáveis pelas suas ações e comportamentos.

Estas páginas são elaboradas para encontrares apoio para curar, superar e seguir em frente!
Caso precise entrar em contato: Martína Mädche

Advogada e Profissional de Ajuda.
Contato: martina.madche@gmail.comGrupo do face: Separei e Agora? - Apoio para mulheres separadas!
Para homens: em breve

Baseado em http://www.padresdivorciados.es/libro/index.html#/REVISTA%201%20PAMAC/2

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Atuação de advogados e causas familiares

Com minha formação humanista e com muita sensibilidade me perguntei, como olhar para uma situação onde o pai "deixa" assassinar um filho. São tantos os pontos de vistas para serem olhados e analisados, mas me perguntei qual a minha responsabilidade nesta situação. Primeiramente, veio meu olhar como mãe, pois é o primeiro que devo olhar, afinal são eles que serão o futuro. Devo criar laços e vínculos, ser amorosa e firme, ensinar o não e o sim, ensinar a olhar para o coração e assumir a responsabilidade e consequência de cada ato. Em seguida olhei para minha responsabilidade como advogada e como esta deve ser exercida. Então me veio o seguinte questionamento como devemos agir quanto estamos em frente a uma situação familiar conflituosa?

Via de regra o Advogado é o primeiro profissional que está em contacto com os Pais, razão pela qual é necessariamente o primeiro responsável pela forma como se iniciam e decorrem os processos relativamente às Crianças;

O Advogado deverá ser um dos Garantes do interesse da Criança e ter como limite do seu Mandato o “Superior interesse da Criança”;

O Advogado deverá usar ter usar um registo conciliatório com os Pais, Colegas, Magistrados e outros Profissionais. Com os Colegas, aliás, deverá dar preferência ao contacto telefónico e pessoal;

O Advogado deverá utilizar uma linguagem cuidada nas suas intervenções no âmbito das diligências judiciais, orientada para o consenso e para reconciliação de interesses;

O Advogado não poderá utilizar uma linguagem combativa e acintosa nos seus articulados, uma vez que os Pais acabam por ter acesso a essas peças processuais;

O Advogado deverá privilegiar o consenso e o acordo dos Progenitores, aconselhando o recurso à mediação familiar, sendo que o recurso aos Tribunais deverá ser visto como uma excepção;

O Advogado não poderá, em caso, algum, envolver-se sentimentalmente no assunto e deverá ter a capacidade de ser mais imparcial que o seu próprio Cliente/Representado;

O Advogado deverá evitar o contacto com as crianças, uma vez que não é o profissional com aptidão e formação técnica para o efeito;

O Advogado deverá preservar a independência das suas opiniões e dos seus juízos, dizendo aos Progenitores mesmo aquilo que eles muitas vezes não querem ouvir, pois só assim assegurará o seu poder de persuasão e de “autoridade” profissional;

O Advogado deverá promover a cooperação com os outros profissionais e estar disponível para estes, sendo um dos primeiros profissionais com responsabilidade pela cultura de cooperação interdisciplinar;

O Advogado deverá sensibilizar os Pais para os danos provocados às Crianças com o conflito parental, nomeadamente quanto aos danos invisíveis com consequências irreversíveis para o seu futuro;

O Advogado deve ter presente que os cônjuges (e por consequência Pais) não se divorciam ao mesmo tempo, pelo que o momento da ruptura irá colocá-los em patamares diferentes e extremados;

O Advogado tem de ter bem presente que se os Pais estiverem bem, também a Criança estará; ter a consciência que a única forma de preservar a relação futura enquanto Pais passa por evitar o conflito.

* Proposta baseada na comunicação do Dr. Rui Alves Pereira na IIª Conferência Internacional “Igualdade Parental Séc.XXI”, em Coimbra, 2013, na Mesa intitulada ” Que Caminhos para os Tribunais de Família e Menor"

Lembrar de nossa atuação como advogados é sempre importante. Nosso papel na sociedade é indiscutível sendo fundamental cada um assumir a sua responsabilidade, seja como pai ou mãe, seja como profissional.
Martina

sábado, 19 de abril de 2014

Como interromper o abuso verbal

Como interromper o abuso verbal

abuso emocional e verbal é muitas vezes difícil de reconhecer, por não deixar um hematoma e por não poder ser diagnosticado em um hospital. Entretanto, ele é tão prejudicial quanto o abuso físico, pois deixa marcas profundas. As vítimas muitas vezes permanecem com seus maridos porque sua auto estima encontra-se abalada, são financeiramente dependentes ou por considerarem seus cônjuges bons pais, não são apenas bons maridos. Quando a vítima encontra apoio e recursos adequados este ciclo pode ser quebrando e assim inicial uma jornada de cura.

Reconhecer o padrão
Normalmente os relacionamentos abusivos seguem um padrão. Inicialmente o agressor é muito gentil, atencioso e sensível. Até que do nada, para manter o controle, as coisas se tornam tensas, pode surgir um incidente explosivo. Neste momento poderá ocorre uma agressão verbal ou algum ato para intimidar a vítima. O autor do abuso, em seguida, tende mudar seu comportamento passando ser doce e atencioso como antes. Esta é uma tática de controle, sendo implementada especificamente para manter a vítima sob seu domínio. Tome cuidado quando seu ex-parceiro parece arrependido e quando houver promessas que irá mudar, porque agressores geralmente não acreditam que estão fazendo nada de errado, pois acham seu comportamento é justificável. Pessoas abusadoras raramente mudam - mesmo quando participação de terapia. Identificar padrões do ciclo vai ajudar você a ter o controle e estando mais consciente da manipulação que sofre isto vai ajudá-lo a antecipar as ações do outro assim saberá o que o que esperar.
Identificar os recursos disponíveis
Pessoas que sofreram algum tipo de abuso normalmente se retraem com isto o seu parceiro mantém o poder sobre elas. Estes possuem táticas que incluem a coação de que não irá de garantir a educação e o emprego, algumas vezes proíbem o acesso aos meios de transporte cortam o apoio financeiro. Tudo isto é para garantir que a vítima permanece dependente. Se for este o seu caso, procure ajuda de amigos de confiança, familiares e de órgão públicos, como a Delegacia da Mulher, o Ministério Público, ou a Defensoria Pública, em vez de aceitar a ajuda de seu agressor. Estas pessoas podem lhe ajudar financeiramente, fornecer transporte ou conseguir uma vaga em uma creche ou encaminhá-lo para oportunidades de emprego. No momento que a dependência do abusador diminui a pressão de permanecer no relacionamento diminuirá

Busque manter um forte sistema de apoio
Isolamento de amigos e familiares da vítima é outra tática comum dos abusadores. Certifique-se de manter contato com pessoas de apoio em sua vida. Faça uma lista de pessoas com as quais possa contar e que lhe manterão afastados do abusador. Esta lista pode consistir de pessoas, como amigos, familiares, advogados ou o seu terapeuta. Muitos advogados de direito de família fornecem consultas gratuitas e opções flexíveis de pagamento. Um advogado pode fornecer orientações a respeito do divórcio, disputas financeiras e de propriedade, as questões de guarda da criança e pensão alimentícia conjugal e ordens de restrição. Muitas vezes, a única informação que uma mulher agredida recebe é a de seu agressor, o que tende a ser tendencioso. A orientação de um advogado irá ajudá-lo a entender seus direitos e elevar sua auto-estima, minimizando a percepção de que você está sozinha.
Cuide-se
O abuso verbal e emocional pode ser uma conta cara para a sua saúde física e mental. Alimente sua auto-estima, trabalhando com um terapeuta ou até uma amiga ou familiar. Alimente-se bem e faça exercícios. Cuide de suas necessidades físicas e consulte um médico regularmente. Leia livros e passe um tempo no sol - qualquer coisa que lhe traga alegria e ajude a você a se sentir bem. Estas medidas irão ajudar a reduzir o esgotamento de sobrevivência do dia-a-dia e lhe fornecerão a energia necessária para planejar e executar a sua separação.
Plano de Segurança
Mesmo que o seu ex nunca abuse fisicamente, o potencial de perigo ainda é muito real. O tempo de separação é relativo, porque o agressor sente uma perda de poder e controle. É possivelmente planejar seus passos. Isto lhe trará segurança para planejar o futuro mais bem-sucedido. Fique em alerta se o seu ex está buscando uma conciliação, ou esteja implorando para voltar, ou se lhe perseguir e assediar entre em contato com seu advogado, com a Delegacia da Mulher ou com a defensoria pública, estes poderão lhe ajudar a planejar a sua segurança.

Estamos a disposição, envie seu e-mail para agendar uma consulta.
Boa Sorte
Martina